Pensando um Segundo...

... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.

Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "

Abraços

Vilma Candido



quinta-feira, maio 26

Mais um SEGUNDO Vitorioso!!!


                 
Amigos(as):
      Sei que há momentos em que ficamos muito tristes, deprimidas por não enxergar as evoluções dos nossos pequenos, mas não esqueçam: elas existem, a gente é que nem sempre estamos observando bem. Estamos cansadas com a correria da vida.
      Meu filho foi diagnosticado muito cedo como sendo autista clássico e nas instituições pelas quais passamos o chamavam de "bichinho" acredite! Já chegaram a dizer assim: - vc escolhe, ou um filho sem contato com a sociedade ou um com contato, mas que não tem nenhum controle sobre suas ações. Bela escolha eu tinha em mãos.
     Resolvi assumir o tratamento do meu filho por conta propria por acrediatar nele. Claro que ele ainda tem muito a evoluir, mas muito já foi conquistado. Não faço terapias com profissionais com ele, pois não temos condição financeira para tal(mesmo assim, acho importante a figura de um profissional), mas sempre peço ajuda para levá-lo a um bom médico, peço sugestões as mães do grupo, leio sobre os métodos das fonos, das pedagogas, da integração sensorial e vou sozinha tentando aplicar com ele. Ele estuda em escola regular e tem, na medida do possivel, acompanhado a turma. Ele já está alfabetizado. Tem dado certo, mas confesso que uma grande ajuda foi depois que consegui implantar a dieta com ele, descobri muitas coisas que o fazia mal e interferiam no comportamento.
      Ano passado meu filho passou por uma situação muitissima complicada.
     Chegeui a pensar que tinha perdido a luta. Mas VENCEMOS, e com folga!!!
     Brincar também tem sido um grande aliado para a integração. Observo que ele me dá mais respostas brincando e cantando.Confesso que não sou tão hábil nas brincadeiras(estou aprendendo e vivendo a infancia que não tive), mas vou conseguir!!!
    Semana passada, eu estava conversando com a professora e eu ouvi ele dizer: -bolo. Eu falei, bolo, vc quer bolo, mas vc acabou de lanchar. Ele disse: bolo(foi o que ouvi). Tornei a perguntar: bolo? vc já comeu. Então dei uma olhadinha para uma criança que estava na frente do meu filho  e essa criança estava com uma camisa com o nome escrito: POLO. Foi ai que entendi: ele estava lendo a camisa do coleguinha. Então eu disse: Polo, vc está lendo polo, é isso? ele sorriu e repetiu: polo. Fiquei felississima, dei um beijão e disse: Valeu gatão, vc é o cara!!!
     Esperei 7 anos para meu filho falar e graças a DEUS ela veio.
    A leitura e escrita já haviam batido nossa porta e agora está fluente. Para aqueles que diziam que meu filho era um "bichinho", hoje eu digo: - Parabéns, vcs acertaram. Meu filho é um FERA!!!!! Ele pode!!!!
   ACREDITE, bons tempos virão para nossas crianças também. NÃO DESISTAM!!!.
   Sair um pouco, conversar, se distrair e uma boa pedida para depois voltarmos com todo gás para os braços dos nossos filhos!
Existe fala após os 7!!!!
O amor faz a diferença!
Abração, fé e força!
Vilma

Bactérias intestinais interferem com química do cérebro

Acontece nomeadamente nos casos de ansiedade e de depressão
2011-05-24
 
 
Algumas doenças gastrointestinais são associadas a ansiedade ou depressão

De acordo com um estudo publicado na revista “Gastroenterology”, as bactérias intestinais podem influenciar a química do cérebro e o comportamento, nomeadamente nos casos de ansiedade e de depressão.

Esta conclusão é apontada, pela primeira vez, por cientistas da
McMaster University, no Canadá, e pode tornar-se de maior relevância tendo em conta vários tipos comuns de doença gastrointestinal, incluindo a síndrome do intestino irritável, que são frequentemente associados a ansiedade ou a depressão.

Além disso, há investigadores que acreditam que alguns transtornos psiquiátricos, tais como o autismo de início tardio, podem estar associados com um teor anormal de bactérias no intestino.

Pessoas saudáveis têm, normalmente, biliões de bactérias no intestino que realizam uma série de funções vitais para a saúde como recolher energia da dieta alimentar, proteger contra infecções e fornecer alimentação às células do intestino.

Nesta investigação foram utilizados ratos adultos saudáveis. Ao alterarem o conteúdo bacteriano normal do intestino com antibióticos, os cientistas verificaram que as cobaias passaram a demonstrar alterações no comportamento, tornando-se menos cautelosas ou ansiosas.

Esta mudança foi acompanhada pelo aumento do factor neurotrófico derivado do cérebro (BDNF, na sigla em inglês), que tem sido associado à depressão e à ansiedade. Contudo, com a interrupção dos antibióticos, os animais voltaram ao comportamento normal.
Premysl Bercik, um dos investigadores envolvidos neste estudo, referiu que estes resultados são importantes e lançam bases para mais investigações sobre o potencial terapêutico das bactérias probióticas no tratamento de distúrbios comportamentais, especialmente os associados às condições gastrointestinais, tais como a síndrome do intestino irritável.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49188&op=all

segunda-feira, maio 23

CCJ aprova renda mínima para autistas e deficientes

 
Jutahy Junior apresentou parecer favorável à proposta.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quinta-feira (19) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 528/10, do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que dispensa pessoas com deficiência intelectual, com autismo ou com deficiência múltipla da comprovação de renda familiar mínima para ter direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas). O BPC-Loas é pago mensalmente e corresponde ao valor de um salário mínimo.
O relator da PEC, deputado Jutahy Junior (PSDB-BA), apresentou parecer pela constitucionalidade e juridicidade da matéria. Ele destacou que a proposta tem altíssima relevância social por garantir que todas as pessoas com deficiência e autistas tenham acesso a uma renda mínima, nos moldes do que ocorre hoje com o BPC-Loas.
Pelas regras atuais, para ter direito ao BPC, os portadores de deficiência precisam comprovar renda mensal familiar per capita de até 1/4 do salário mínimo. A exigência é a mesma para idosos. Pela Lei 8.742/93, que estabelece os critérios para concessão do benefício , o interessado também deve comprovar incapacidade para o trabalho.
Tramitação
A proposta seguirá para uma comissão especial, a ser criada especificamente para analisá-la, e depois será votada pelo Plenário.

Saiba mais sobre a tramitação de PECs
*Matéria atualizada às 14h01.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Murilo SouzEdição – Pierre Tribolia

quinta-feira, maio 19

Os pesquisadores do autismo apresentar as novas descobertas: Estudos incluem o uso da medicina complementar, uso de medicação,risco para a toxicidade do chumbo e Nutrição



ScienceDaily (13 de maio, 2011) - Muito sobre o autismo é desconhecida, mas pesquisadores da University of Rochester Medical Center (URMC) estão trabalhando para saber mais sobre a desordem do desenvolvimento neurológico e seus tratamentos mais eficazes. Uma equipe de pesquisadores da URMC reúne pesquisadores de todo o mundo, em San Diego nesta semana para as comemorações do 10 º Encontro Internacional para Pesquisa de Autismo (IMFAR).


Rochester pesquisadores estão apresentando seis resumos sobre temas que vão desde as taxas de utilização de medicamentos complementares para insuficiência nutricional em crianças com transtornos do espectro do autismo.Eles sequer olhou corante artificial como pode afetar crianças com autismo.
"É extremamente importante que encontremos as intervenções mais eficazes para as crianças com transtornos do espectro do autismo", disse Susan Hyman, MD, chefe da pediatria do desenvolvimento neurológico e comportamental do Hospital URMC de Golisano infantil e um pesquisador do autismo activa e profissional. "Também precisamos verificar se os tratamentos tradicionais e não tradicionais podem estar ajudando ou prejudicando, e quais os papéis que fatores ambientais podem estar jogando no autismo."
Hyman afirmou que a participação no tratamento do autismo Network (ATN), financiado pela Autism Speaks e os recursos de saúde e de Administração de Serviços (HRSA) e parceria com a clínica e translacional Science Institute (CTSI) tem permitido o crescimento da pesquisa clínica relacionada ao autiscomo os comportamentos alimentares significativos relacionados e aversões que as crianças com autismo impacto a sua saúde atual e futura. Sua mostra abstrata que dois terços das crianças com autismo está a tomar suplementos, o dobro da taxa na população pediátrica geral (32 por cento). Ela relata que os nutrientes com maior probabilidade de ser deficiente em crianças, não foram incluídos em quantidades adequadas nos suplementos utilizados. Por exemplo, a maioria dos suplementos contêm vitamina D (97 por cento), poucos possuem colina (37 por cento), vitamina K (11 por cento) e potássio (8 por cento).Nenhum continham qualquer fibra, o que é importante para a saúde do intestino e é comido em quantidades limitadas pelos comedores picky.
Além disso, houve vários nutrientes em suplementos - ácido fólico, niacina e vitamina A - que ultrapassaram os níveis recomendados, mesmo antes de adicionar os nutrientes dos alimentos. O excesso desses nutrientes não costumam causar um problema, mas há efeitos colaterais conhecidos que as famílias e seus provedores de cuidados de saúde precisam ser conscientes. Muito mais folato pode mascarar uma complicação neurológica de deficiência de vitamina B12 e algumas evidências mostram que os níveis elevados pode provocar convulsões em doentes tratados com medicamentos anti-convulsivantes. Muito muito niacina pode causar vermelhidão, desconforto gastrointestinal e no fígado. E o excesso de vitamina A pode ter efeitos teratológicos (defeitos de nascimento e outras anomalias de desenvolvimento), toxicidade hepática, redução da densidade mineral óssea, resultando em osteoporose e sistema nervoso central.
"É importante para nutricionistas e profissionais de saúde para conhecer o potencial nutricional insuficiências e excessos crianças com autismo pode estar enfrentando", disse Stewart."Dieta e uso de suplementos pode afetar sua saúde e alguns problemas nutricionais também podem afetar seu comportamento. Existe uma grande necessidade de pesquisa adicional nesta área."
corantes alimentares e do sono
Muitas famílias - que têm crianças com autismo ou Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ou que têm crianças com desenvolvimento típico - eliminar tinturas de alimento de sua dieta, na esperança de evitar problemas de comportamento.Alguns estudos sugerem corantes alimentares artificiais podem aumentar a hiperatividade em crianças, mas o efeito sobre as crianças com autismo não foi examinado. Hyman, Stewart e seus colaboradores, no decurso da realização de um estudo sobre a alimentação e nutrição de crianças com perturbações do espectro do autismo, realizaram um estudo piloto sobre o efeito do consumo de corante alimentício em um pequeno grupo de crianças com autismo. A ingestão de alimentos do corante foi determinada a partir de um registro alimentar de três dias, e examinadas em relação a questionários sobre o comportamento dos pais.
Entre as 25 crianças matriculadas, cinco não tinham corante alimentar em sua dieta. Hyman não encontraram correlação entre o consumo de alimentos artificiais corante e comportamentos repetitivos ou comportamentos exteriorizados, porém, ela encontrou uma correlação entre o consumo de corante amarelo e distúrbios do sono.
"Embora este seja apenas um estudo-piloto e precisa ser interpretado de forma conservadora, que merece um ensaio clínico para determinar se o corante alimentício pode agravar comportamentos em crianças com autismo que estão em maior risco para problemas de sono do que as outras crianças", disse Hyman.
tratamentos complementares
Outro resumo de autoria de Hyman e colegas foi baseada na análise do conjunto de dados nacionais recolhidos pelo tratamento do autismo da rede sobre o uso da medicina complementar e alternativa em crianças com autismo. Ele destaca a necessidade de médicos para acompanhar o que outros pais tratamentos podem ser usando para seus filhos.Cerca de 450 dos quase 2.500 crianças no registro, no momento os dados foram analisados, relataram o uso de terapias complementares. Cerca de um quinto dessas 450 crianças receberam uma dieta especial no momento em que entrou para o tratamento do autismo Network. No entanto, essa taxa passou todo o primeiro ano de acompanhamento.Entre 5 e 10 por cento das famílias que foram seguidos durante o próximo ano parei de usar uma dieta especial e aproximadamente o mesmo número começou a dieta durante o próximo ano.
"Muitas crianças com autismo são colocados em dietas especiais, pelas suas famílias para ver se a eliminação de alimentos específicos, como aqueles que contêm glúten ou caseína vai ajudar no desenvolvimento ou comportamento. Prestadores de cuidados de saúde precisam perguntar sobre o uso de intervenções dietéticas tão aconselhamento nutricional adequado pode ter lugar no contexto dos cuidados primários e de especialidade ", disse Hyman. "Quando se trata de terapias complementares, os médicos precisam perguntar e as famílias precisam para contar.

Fonte notícia:
A história acima é reproduzida (com adaptações editorial da Science Daily pessoal) dos materiais forneceu pelaUniversidade de Rochester Medical Center , através deEurekAlert! , um serviço da AAAS.

.


 

terça-feira, maio 17

Aulas de ginástica olímpica ajudam no tratamento do autismo

Foto: Macarena Lobos/Metro Rio   Rodrigo Brívio e Gustavo, 9 anos: pais notam melhora na concentração e na interação social dos filhos
Do Metro
cidades@eband.com.br
O autismo é uma síndrome silenciosa. Ainda se sabe muito pouco sobre o que acontece no misterioso mundo de quem vive dentro do chamado espectro autista.


Há três semanas, a comunidade de pais, médicos e terapeutas de autistas sofreu um baque com a denúncia de que uma das profissionais até então mais respeitadas do meio, Beatriz Cunha, de 32 anos, 12 de profissão, que se dizia especializada no assunto, sequer era formada em Psicologia.


Ela está sendo processada por falsidade ideológica e tortura, já que obrigava as crianças a comer e a fazer o tratamento muitas vezes com truculência e agressões verbais. O escândalo gerou pânico entre familiares e amigos de autistas em listas de discussão pela internet, sobre em quem confiar e em quais tratamentos apostar.

Um dos nomes que sempre aparece com mensagens positivas é o do professor de educação física Rodrigo Brívio, 31 anos, que começou ano passado um trabalho de ginástica olímpica com crianças autistas na Academia Body Tech, na Barra da Tijuca, e vem conseguindo resultados surpreendentes no atraso da linguagem e na falta de interação social, principais características da síndrome.


Com disciplina, rotina, amor e muita paciência, Brívio virou referência no Brasil inteiro. Ele já acumula convites para dar cursos e seminários pelo país afora e tem nada menos do que 100 crianças na fila de espera por uma das 25 vagas da sua concorrida aula.

Qual o segredo da aula?
Eu acredito que tudo é possível, dentro das limitações de cada um. Tento entrar no mundo dessas crianças, e não tentar fazer com que elas venham para o nosso mundo por obrigação.


Qual é o maior desafio de lidar com crianças autistas?
Estabelecer uma comunicação com uma criança que não fala. Mas com o tempo, paciência e interesse, dá para saber o que elas querem. Recentemente, um dos meninos me puxou até a porta do banheiro. Se comunicou da forma que podia. E mostrou que já confiava em mim.


Como elas reagem às atividades propostas na ginástica olímpica?
Elas geralmente têm medo do salto no início, mas logo percebem a sensação de prazer. A atividade física alivia um pouco do estresse e dos sintomas de hiperatividade que muitos deles têm.


Nas aulas, alguma criança já te emocionou?
Muitas. Uma delas falou a primeira palavra durante uma brincadeira que fazemos com os cones.


Por que o método é eficiente?
Porque como eles não falam ou têm dificuldade na linguagem e na área da comunicação, usam muito o corpo para se expressar, fazem gestos. Na ginástica, eles aprendem a se concentrar , que é um dos pontos deficientes de quem tem a síndrome. Sentem que estão falando a língua deles.


Como é a aula na prática?
Por meio dos exercícios fazemos a combinação da parte motora com a cognitiva e a sensorial. Não existe diferença entre crianças autistas ou não. As aulas são iguais. Desenvolvo trabalho com reconhecimento de cores e letras, que poderia ser feito com as outras crianças.

segunda-feira, maio 16

          Meu príncipe completou 7 anos neste dia 14, mas quem ganhou o presente foi eu.
          Pela manhã, estávamos bem felizes dizendo a ele que o dia do seu aniversário e íamos cantar os parabéns.
          Ele olhou para mim, olhou para a estante e disse:
          - Livro
          Eu falei:
          - O que é que você quer?
          E ele, com aquele olhar lindo, me disse:
          - Mamãe, livro Mickey
          Fiquei tão feliz, pois ele neste momento, além de pedir o livro, me informou qual o livro queria, identificando pelo nome.
         Isso é mesmo um presente para mim.
         Obrigada Senhor, obrigada meu pequeno príncipe.

terça-feira, maio 3

À você mamãe

História de Carly Autismo severo

A casa do autista- Liê Ribeiro- mãe de Gabriel

segunda-feira, maio 2

As dez melhores coisas que eu aprendi do meu filho sobre o autismo.

Escritora Freelance Karen Scandariato reside em Cary, Carolina do Norte com o marido Marcos e seus três filhos lindos, cada um dos quais tem necessidades especiais.

1. Tome Informação em no seu próprio ritmo
Minha primeira reação depois que meu filho Nicky foi diagnosticado era saltar e lê tudo o que for humanamente possível sobre o tema do autismo. Eu li uma dezena de livros e visitados sites pessoais, tendo em tanta informação como eu poderia, em um período muito curto de tempo apenas para se sentir completamente deprimido e oprimido. Em retrospecto, a maioria dos que eu li as primeiras semanas não foi útil. Ler romances escritos por profissionais sobre o autismo só me assustou e se refere às características que o meu filho nunca pode até mostrar. O que eu achei úteis no início eram folhas de fato sobre o autismo, o tipo que você pode atingir a partir do Centro Nacional de Informação para Crianças e Jovens com Deficiência (NICHCY) e a Sociedade Americana de Autismo (ASA). Estas fichas me ajudou a entender que o autismo é um transtorno do espectro e, portanto, o meu filho não pode agora, ou nunca, mostrar exatamente o mesmo conjunto de características como uma outra criança com autismo.
2. Meet Your Child Onde estão
Às vezes as crianças com autismo podem se fixar em itens ou brincar com as coisas de uma forma invulgar. Meu filho costumava ficar preso em um tema como o Ursinho Pooh. Ele tinha que ter Pooh em tudo: vídeos Pooh, Pooh roupas, brinquedos Pooh. Eu lutei por muito tempo até que eu descobri que Nicky estava oferecendo-me um caminho para o seu mundo. Usando o Winnie the Pooh como um guia, eu poderia ter meu filho ao gosto de mel, ficar focado em um pequeno show de marionetes Pooh agi com seu bichos de pelúcia, e ouvir como eu li sobre todos os outros personagens Pooh. Cada dia eu poderia ramificar-se um pouco mais as coisas através da introdução de caracteres: comer cenouras e jardinagem com Coelho, sentimento de tristeza com Bisonho, fazer amizade com Leitão, e saltando ao redor da sala como Tigrão. Houve muitas boas lições a serem aprendidas com Pooh. Ao atender Nicky onde seus interesses eram, eu era capaz de lhe ensinar uma variedade de novas competências. Dê uma olhada no que o seu filho quer fazer, se encontrar com ele ou ela, e então expandir as possibilidades.
3. O advogado de suas próprias forças pessoais
Participei de muitas reuniões, como escrever seu filho planos individuais de educação ou escrevendo para funcionários do governo para ajudar a obter serviços para o meu filho. Essas reuniões me deu dicas úteis, bem como a motivação para se envolver mais com a escola ou as políticas públicas sobre o autismo. A verdade é que nem todo mundo é escritor. O que eu aprendi é que é muito mais eficaz a defender a partir de seus próprios pontos fortes. Todo mundo é bom em alguma coisa e não há nenhum caminho certo para defender o seu filho. Siga seu coração e ajudar na sua forma mais confortável. Você é uma pessoa de telefone? Você é artístico? Você tem boa capacidade de organização? Encontre uma maneira de maximizar seus talentos pessoais.
4. Construa sua Rede de Apoio à própria
Provavelmente a única coisa mais eficaz que tenho feito em termos de defesa para o meu filho tem vindo a construir uma rede de apoio. Eu me senti muito sozinho, quando as crianças estavam diagnosticada pela primeira vez. Eu fiz o tempo de falar com outros pais, em reuniões locais, em linha, e na escola, que compreendia algumas das questões a minha família e eu estávamos enfrentando. Sabendo que você tem alguém que realmente entende os desafios que enfrentam no dia-a-dia pode realmente te abraçar juntos em um momento de necessidade. Conforme a criança cresce, é imperativo alargar essa rede de apoio no sistema escolar. Aprender a trabalhar juntos como uma equipe constrói melhores oportunidades e resultados brilhantes.
5. Aprenda a reconhecer Progresso
Eu costumava ter medo dos meus filhos para avaliações médicas. Vez após vez, parecia que existem certos comportamentos que meu filho iria exibir em casa para mim e não exibir durante uma avaliação. Eu finalmente percebi que a avaliação é como tirar uma fotografia. É um instantâneo de uma instância do tempo que meu filho pode ou não pode exercer quaisquer funções ou atividades e que, eu decidi, está bem. Pense em avaliações iniciais de seu filho como um ponto de partida. Então, um ano mais tarde, quando seu filho é testado novamente, não se concentre em quantos meses estão atrasados. Em vez disso, medir o seu crescimento real, olhando para escores em relação à criança, onde foram no ano passado e calcule quantos meses se passaram e quantos meses de crescimento foram mostrados. Quando olhei para as avaliações do meu filho em termos de seu crescimento pessoal Eu sempre acho que seis meses pode ter passado, e tiveram seis meses de crescimento! Elas podem ainda ser um ano atrás, mas eles estavam crescendo a uma taxa que era comparável aos seus pares típicos. Outra forma de ver o progresso é manter um diário. Quando você lê de volta através dele, você vai se surpreender com os progressos do seu filho fez.
6. Tente uma intervenção em uma hora
Há muitos diferentes, métodos potencialmente eficaz de intervenção para fora lá para o autismo, junto com algumas bastante obscuros. Eu aprendi que a primeira coisa a fazer é seguir seu coração. Lembre-se, ninguém sabe o seu filho melhor do que você. Quando apresentado com um modelo de intervenção, se considerar que faz sentido para você. Se você decidiu adotá-la, então faça isso de coração. É claramente difícil medir o progresso se sobrepor métodos. Decidir sobre um caminho e segui-lo com a compreensão de que você vai voltar a avaliá-lo em algum momento designado e decidir se quer continuar ou tentar outra coisa. Não estou sugerindo que você não pode executar simultaneamente duas terapias, remédios ou modelos, só que você começa um de cada vez para que você possa avaliar com precisão a eficácia do método e se ele atende às necessidades do seu filho.
7. Pôr de lado o microscópio e incentivar outros a fazerem o mesmo
Fico sempre espantado com as metas Plano Educativo Individual que dizia: "Lara irá atingir essa meta em 100%." Eu tenho pensado muito sobre o que é que eu faço sempre a um nível de 100%. Tenho medo que não é muito. Lembre-se que ninguém tem que realizar 100% do tempo. Seu filho provavelmente tem habilidades lascada assim como todo o resto do mundo. Resolve não olhar para o seu filho com um microscópio e incentivar outros a fazerem o mesmo. A norma não deve ser maior para o seu filho com uma deficiência do que para seus pares típicos. Está tudo bem se eles "apenas" acertar na maioria das vezes. Ninguém é perfeito.
8. Pedir ajuda quando você precisar
Algumas pessoas se recusam a pedir ajuda, porque faz-nos sentir como se eles não são capazes de ajudar a si mesmos. As crianças com deficiência pode ter grande impacto sobre a família. Você pode ser compensador para o seu filho, mesmo sem conhecê-lo, o que pode levar tempo longe do seu cônjuge, seus outros filhos, eo mais importante, você mesmo. Ninguém é capaz de lidar com tudo isso. Este país é rico em recursos que já estão no local para as pessoas que acessá-los. Cada estado tem um pai Training Organization (APO), cuja função é ajudar a informar e educar as pessoas com deficiência e suas famílias. Não há nenhuma penalidade para pedir ajuda. Lembre-se que você estará com o seu filho para os próximos anos e precisam ter resistência. Resolve-se com o acesso ao financiamento para as necessidades do seu filho, os programas da área de inclusão, terapias, recursos trégua e.
9. Educar pessoas à sua volta
Muitas vezes as pessoas temem o que não entendo. Eu acho que "saber" nunca é tão assustador como "não saber". Quanto mais eu educar os meus vizinhos, lojistas, diretores do programa, diretores, professores, amigos e parentes, menos eu encontrar as pessoas temem o autismo e os meus filhos. Me ajudar a fechar a lacuna por saudar os amigos e família em minha casa e ajudá-los a compreender os meus filhos. Dedique tempo para explicar aos outros porque seu filho ou filha faz as coisas de forma diferente. Lembre-se que cada um de nós é uma pessoa muito especial, bonita em nosso próprio caminho, e que nossos filhos não são exceção.
10. Tirar dias de folga
Talvez uma das coisas mais difíceis que eu aprendi é ter dias de folga, longe do autismo. Tire um tempo para você, para sair da casa e simplesmente fazer algo relaxante. Nadar, caminhar, ter as unhas, a loja com as meninas, golfe com os amigos, ver um filme, seja o que for que lhe dará uma pausa mental. Sua resistência é fundamental para o sucesso de seu filho, então cuide bem de você. Planeje saídas regulares com sua esposa, e seus outros filhos também. Tenha em mente que você tem tempo de sobra. Se seu filho é autista, hoje, eles ainda vão ser amanhã. Você não precisa fazer tudo hoje.

ALGUNS AUTISTAS FAMOSOS

Dra. Temple Grandin - Nasceu em 1947 e foi diagnosticada como autista aos dois anos. É PHD em Ciência Animal e professora da Universidade do Colorado. Grandin oferece várias palestras sobre autismo além de ter escrito alguns livros sobre a sua experiência como autista. Inventou a "Squeeze-Machine" ("Máquina do aperto") para ajudá-la nas suas dificuldades sensoriais. No seu livro "Thinking in Picture" Grandin relata que a sua primeira língua foi visual e como esta experiência a ajudou profissionalmente. A Dra. Grandin diz que conseguiu sucesso graças às oportunidades de mentores na escola e o apoio da família, principalmente o da mãe. Sua mãe publicou um livro "A thorn in my pocket" sobre sua experiência de criar uma criança autista em um tempo que as mães eram consideradas culpadas pelo autismo dos filhos e suas crianças eram encaminhadas para uma instituição por não existir cura.

Matthew Savage foi diagnosticado com autismo (Pervasive Developmental Disorder) quando tinha três anos de idade.  Os pais começaram então a seguir o protocolo DAN. Matthew naquela época não suportava sons, mas com a "auditory integration Therapy" (terapia de integração auditiva) conseguiu superar este problema. Os pais de Mattew usaram a fascinação do menino por palavras e, exploram o seu lado visual, para estimular e complementar as atividades. Hoje, com 11anos, ele compõem música e tem um trio de jazz.  " The Matt Savage Trio"  participa de festivais de Jazz e da concertos, sempre lotados, pelos EUA e Canadá. Já lançou três CDs e o dinheiro arrecadado com a venda foi doado para pesquisas sobre autismo. Matt continua com dificuldades de comportamento, fixação por certos assuntos, com dificuldade para se desligar deles. As vezes não compreende o que falam com ele ou compreende de maneira diferente.

Ryan Wilson é um autista de bom funcionamento ("High Functioning") e estava com nove anos quando escreveu e ilustrou o livro "The legendary Blobshocker". Com a ajuda da professora Beth Alshanskey da Universidade de New Hampshire, que usou um programa de colagem (arte) e ensinou a Ryan como usar sua criatividade e seu talento visual para aprender literatura e explorar estas habilidades.   

Tito Rajarshi Mukhopadhyay - um adolescente do sul da Índia que foi diagnosticado com autismo clássico aos três anos. Ele se balança, gira, faz movimentos repetitivos, faz barulhos estranhos, não consegue ler expressão do rosto de outras pessoas, não mantém contato olho-a-olho. Embora tenha um autismo clássico ele consegue expressar seus pensamentos e sentimentos. Descreve como se sente preso a um corpo autista, um caso único.
Segundo Tito ele se balança e faz movimentos repetitivos com as mãos para conseguir sentir o seu corpo. Não olha no olho porque só consegue processar um sentido de cada vez, ou seja, não consegue ver e escutar ao mesmo tempo (só foi perceber que isso não era normal ao se dar conta que outras pessoas podiam usar outros sentidos juntos). Uma mãe perguntou a ele em uma conferência qual o conselho que daria aos pais de autistas. Ele disse "Acreditem nos seus filhos". Tito é fluente em inglês e bengali (tem dificuldades para falar e ser compreendido escreve muito bem e é mais fácil para ele escrever no computador) têm dois livros publicados: Beyond the silence: My life, the world, and autism e The mind tree: A miraculous child breaks the silence of autism. Ele conseguiu superar as barreiras que o autismo lhe proporcionou graças à mãe Soma Mukhopadhyay que desenvolveu uma maneira de ensinar e comunicar com o filho chamada "The rapid Prompting Method".

Jerry Newport - nasceu em 1948 e foi diagnosticado com síndrome de Asperger em 1995 Possui um B. A em Matemática pela Universidade de Michigan. Trabalha como free-lance accounting, participa de palestras sobre Autismo/Asperger pelos Estados Unidos e também escreve para revista Autism Asperger´s Digest Magazine. É casado com Mary Newport que também tem Síndrome de Asperger. Escreveram juntos o livro "Autism-Asperger´s and sexuality puberty and beyond". A vida dele é tema
do filme "Mozart and the Whale".

Donna Willians - É uma australiana que antes de receber o diagnostico de autista foi taxada de louca, de ter distúrbios emocionais, fez vários testes de surdez. Não conseguia responder simples perguntas ou ficar sentada por muito tempo. Aos 24 anos ela começou a dieta sem glúten, caseína, açúcar, nenhum tipo de conservantes, corantes e pouco salicitato (ela continua na dieta). Donna relata que se sentia como uma drogada com a única diferença que não usava drogas, mas certos alimentos faziam com que ela agisse assim. Hoje ela é casada, trabalha como consultora em uma escola, participa de palestras sobre autismo e também escreve música, pinta e faz esculturas.

As escolas públicas estão preparadas para identificar e acolher pessoas autistas?

Alexandre Mapurunga - Conselheiro titular e ex-presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência e membro do Movimento das Pessoas com Deficiência do Ceará

SIMAo falarmos de autismo e inclusão escolar devemos ter em mente pelo menos dois conceitos antes de avaliar o mérito das escolas públicas. Primeiro, a inclusão não é um processo que se finaliza no ato da inserção do autista na escola e que tão pouco possa ser avaliado só com base nas dificuldades ou apoios inicialmente encontrados.

Inclusão é a progressiva transformação dos meios sociais com eliminação de barreiras físicas, instrumentais, comunicacionais, metodológicas e atitudinais de modo que os espaços se tornem adequados, acessíveis e inclusivos. O conceito de incluir não tem como premissa a preparação prévia para posterior participação, mas sim a construção inclusiva a partir da participação. Assim, a matrícula é só o primeiro passo para inclusão escolar dos autistas e para construção de uma escola inclusiva.

Um segundo fundamento é relacionado à visão de direitos humanos das questões relacionadas às pessoas com deficiência, dentre elas os autistas, e a convicção na busca pela igualdade de direitos e oportunidades com as demais pessoas. Nesse sentido, educação é direito básico e fundamental e deve ser oportunizado e acessibilizado sem discriminação ou segregação, a todos.

Problemas como negação de matrícula, bullying, falta de acompanhante, principalmente no recreio, salas muito lotadas e dificuldade de adequação na metodologia e conteúdo são ainda realidade na vida dos alunos autistas. É preciso, porém, destacar mudanças importantes nos conceitos, legislação, políticas públicas e práticas educacionais que, aliadas à consciência crescente das famílias, estão permitindo que cada vez mais autistas participem da rede regular de ensino junto com as demais crianças.

A ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que no Brasil tem força constitucional, garante o ensino inclusivo e não segregado; a Política Nacional de Educação Especial está efetivando o atendimento educacional especializado, instrumentalizando salas de recursos multifuncionais nas escolas e oferecendo capacitação para professores, inclusive com foco em transtornos globais do desenvolvimento; o trabalho constante de militância, organizações e movimentos sociais vem gerando consciência, garantindo direitos e catalisando os processos de mudanças.

Barreiras ainda existem, mas o ambiente nunca foi tão favorável para transformações inclusivas na escola. As famílias que topam o desafio contam com suporte legal, políticas públicas e sistema de garantias de direitos para apoiá-las. As que empreendem essa aventura relatam o quão positivo e transformador é para o desenvolvimento dos filhos e para a escola onde eles estão.

Fonte:
Jornal O Povo

Abraços,