Pensando um Segundo...

... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.

Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "

Abraços

Vilma Candido



domingo, agosto 29

Eu falo sim


Uma criança numa escola pode comunicar-se com os colegas de um jeito diferente? Tomás e seus amigos acham que sim.

O livro Eu falo sim (Coleção Escritinha – Escrituras Editora) apresenta a história de uma turminha que aprende junto a um amigo um pouco diferente novos jeitos de se comunicar. Baseado em uma história real, foi escrito pela pedagoga e mestre em Educação Silmara Rascalha Casadei e a fonoaudióloga Vera Mendes Bailão (USP) e conta com as ilustrações de Marilei Moreira Vasconcellos Fernandes, mãe do Tomás, a fonte inspiradora da história.


Eu falo sim traz a beleza da diversidade humana e as variadas possibilidades de expressões que, ao se conectarem compreensivelmente, descobrem que a linguagem que aproxima os diferentes é a linguagem do amor.

Título: Eu falo sim
Autoras: Silmara Rascalha Casadei e Vera Lucia Mendes Bailão
Ilustrações: Marilei Moreira Vasconcellos Fernandes
Coleção Escritinha
Gênero: Literatura infantil
ISBN: 978-85-7531-374-9
Formato: 20,5 X 20,5 cm, brochura, todo em 4 cores
Páginas: 48
Peso: 175 g
Preço: R$ 19,00
Escrituras Editora

Escrituras Editora
Rua Maestro Callia, 123 - Vila Mariana
04012-100 - São Paulo - SP - Brasil
Tel.: (11) 5904-4499 (Pabx)
Site: www.escrituras.com.br
No Youtube: www.youtube.com/user/EscriturasEditora
Blog: http://escrituraseditora.blogspot.com/
Twitter: www.twitter.com/escriturasedit

domingo, agosto 22

UM ROBÔ QUE INTERAGE COM O AUTISTA


Keepon é pequeno robô amarelo projetado para estudar o desenvolvimento social, interagindo com as crianças. Keepon foi desenvolvido pelo professor Hideki Kozima do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação (NTIC), em Kyoto , no Japão. Keepon tem quatro motores, uma pele de borracha, duas câmeras em seus olhos, e um microfone no seu nariz. Um fofo.
No contexto de Kozima , Keepon tem sido usado para estudar os mecanismos subjacentes à comunicação social. Sua aparência simples e comportamento são destinados a ajudar as crianças, mesmo aqueles com transtornos de desenvolvimento como o autismo , para compreender suas ações e emoções. O robô, geralmente sob o controle de um teleoperador , interage com as crianças em escolas e centros de recuperação para transtornos de desenvolvimento desde 2003.
Veja o que Kozima criador diz sobre o robô em relação ao autismo:
``Minha motivação na pesquisa sempre foi o desejo de entender a comunicação humana, e o processo de desenvolvimento por trás de linguagem, para que eu possa recriar o modelo de máquinas. Foi com esse fluxo de pesquisa que eu encontrei o autismo. O autismo é uma deficiência na capacidade de comunicação verbal e não verbal. Ao entender o autismo, podemos obter um conhecimento dos processos cognitivos por trás normal de comunicação. Então eu comecei a construir robôs como uma plataforma para adquirir esse conhecimento e demonstrar as minhas conclusões.
Então eu decidi criar um simples robô, para que as crianças sejam capazes de entender intuitivamente as intenções do robô e expressões. Keepon eu projetei em meados de 2002, e com a ajuda de engenheiros da Kokoro, Keepon nasceu em março de 2003.
Em geral, as pessoas pensam que as crianças autistas não interagir com os outros porque eles não têm motivação para fazê-lo. Mas eu tenho uma opinião diferente. Eu acho que as crianças autistas realmente querem interagir com o mundo exterior, mas não pode.
As crianças autistas geralmente terá medo de Keepon no início, mas eles também são muito curiosos. Após vários meses eles vão entender que Keepon não vai prejudicá-los, e depois vai começar a vê-los voluntariamente, tocar e fazer contato visual com ele. Embora o processo é diferente para cada um, quase todas as crianças autistas vêm para desfrutar de suas interações com Keepon. As crianças autistas que têm dificuldade em interagir com outras pessoas pode tornar-se amigo de Keepon.
Embora Keepon é simples, pode fazer contato visual com as pessoas e expressar emoções por subindo e descendo e inclinando a sua cabeça. Eu acho que as crianças autistas são capazes de processar estes movimentos simples, compreender o estado interno Keepon, e interagir com Keepon com mais facilidade.
Texto extraído do site http://www.getrobo.com/getrobo/2008/11/q-after-people-heard-about-the-news-of-keepon-being-commercialized-some-readers-asked-why-the-robot-had-to-be-so-expens.html

Keepon tornou-se importante, como uma sensação na internet nos últimos anos desde que foi lançado em 2007. Veja o video



(Ele é ótimo dançarino), mas o potencial para este tipo de tecnologia para ajudar as crianças com autismo é a exploração de maior valor.
Em julho de 2010 surgiu outro robô para interagir com as crianças com dificuldades, foi publicado no Times http://www.nytimes.com/2010/07/05/science/05robot.html?_r=3&pagewanted=1
Paro, a foca robô que está revolucionando o cuidado também com os idosos. foto(http://latimesblogs.latimes.com/technology/2009/01/senior-technolo.html


Paro é um robô modelado como se fosse uma foca bebé.
Foto(http://www.botjunkie.com/2008/04/10/paro-robot-therapy-seal-just-wants-your-love/) Ela vibra as mãos e pés quando acariciada, pisca luzes e abre os olhos com barulhos altos e uivos quando manipuladas ou a Dois microprocessadores sob sua pêlo branco ajustam seu comportamento com base em informações de dezenas de sensores que monitoram o som escondido, temperatura, luz e toque. e reconhece o som de seu nome e, ao longo do tempo, as palavras que ouve com freqüência.A gente fica muito feliz de ver os cientistas tentando com a robótica ajudar os nossos autistas da melhor maneira possível. Keepon e Paro são uma espécie de terapia , a Paro é como um animal de estimação e Keepon um amiguinho leal.
Bom domingo a todos.
Vilma Araújo

sábado, agosto 21

Pesquisa da UFSCar sobre crianças autistas é premiada internacionalmente

Classificado em primeiro lugar, o estudo desenvolve pesquisa que apresenta resultados positivos em crianças autistas
Participante do programa desenvolvido pela UFScar
A aluna Daniela Ribeiro, pesquisadora do Programa Mestre Libras

Pesquisa de doutorado realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi reconhecida internacionalmente no " Concurso 2010 de Projetos de Estudantes", promovido pelo Grupo de Estudos sobre Comportamento Verbal, da Association for Behavior Analysis International (ABAI). Classificado em primeiro lugar, o estudo desenvolve pesquisa que apresenta resultados positivos ao buscar desenvolver a linguagem de crianças com autismo. O prêmio foi recebido no mês de maio, durante a convenção anual da entidade, no Texas.


A pesquisa foi realizada pela aluna Daniela Ribeiro, do PPGEEs, pesquisadora do Laboratório de Aprendizagem Humana, Multimídia Interativa e Ensino Informatizado (LAHMIEI) da UFSCar. O trabalho premiado é o projeto de doutorado da aluna, intitulado " Aquisição de Tato e de Mando e Controle por Abstração através de Discriminações Condicionais por Crianças com Autismo" , orientado pelo professor Celso Goyos, do Departamento de Psicologia da UFSCar, em parceria com o professor Caio Miguel, da California State University.


Em seu trabalho, que está em andamento, a pesquisadora buscou verificar a aquisição de tato e mando em três crianças com autismo. O tato seria quando a criança consegue dizer o nome de algo que está em sua frente e o mando é quando ela pede algo que não vê. De acordo com Daniela, estudos apontam que as crianças com autismo podem ter problemas com o controle por abstração, ou seja, ela compreende o que é um círculo azul, por exemplo, mas pode ter dificuldade de reconhecer o círculo se mudarmos sua cor. Quando há a troca entre formas e cores, a criança pode ter dificuldade de recombinar.


Os resultados mostraram que a pesquisa conseguiu atingir o objetivo de estimular a comunicação dessas pessoas que têm atraso de linguagem. De acordo com a doutoranda, a intenção da pesquisa é criar procedimentos para buscar o desenvolvimento da fala, a fim de que isso possa ser usado em programas de ensino de linguagem para crianças com qualquer atraso de linguagem.

domingo, agosto 15

Brasil terá a primeira revista sobre autismo da América Latina


O Brasil está prestes a ter a primeira revista sobre autismo em toda a América Latina e a única em língua portuguesa no mundo. Neste mês de agosto (2010), será lançada a Revista Autismo e o site RevistaAutismo. com.br com muito material sobre o assunto. Também no Twitter a publicação tem um canal para divulgação e interação (@RevistaAutismo).


A revista será impressa, de circulação nacional e gratuita. Haverá também uma versão eletrônica, online com 100% do conteúdo, além de material extra para ser compartilhado, com acesso irrestrito. O objetivo é levar informação a profissionais e principalmente a pais envolvidos com o autismo, ajudando essencialmente aos que não têm acesso à internet (ou habilidade com a tecnologia), além de democratizar a informação sobre autismo e conscientizar a sociedade sobre essa tão complexa síndrome, que precisa urgente de políticas de saúde pública.




Edição zero


A edição de lançamento (número zero) terá artigos de profissionais de renome, como o neuropediatra José Salomão Schwartzman, o médico Walter Camargos Jr., especialista em Psiquiatria da infância e adolescência, a médica Simone Pires, especialista em Protocolo DAN!, entre muitos outros textos de qualidade.


Para o material extra de cada artigo, a Revista Autismo utiliza a tecnologia de QR Codes (saiba mais aqui), uma espécie de código de integração de mídias, que pode ser lido por celulares com câmera e webcams em computadores, ligando o leitor a um material online complementar e atualizado.


Segundo o editor-chefe da revista, o jornalista Paiva Junior (@PaivaJunior), "o lançamento da publicação, que está com ótimo conteúdo e um design moderno, será um marco para o autismo no Brasil".


RevistaAutismo. com.br para você ler e divulgarEntão anote na sua agenda: agosto de 2010 é o mês de lançamento da Revista Autismo, que estará, na íntegra, no site .

Conselhos para mães que chegam

Recebi, através de um grupo online que participo, uma mensagem de uma mãe de autista que muito me incentivou e que, com a permissão dela, resolvi dividir com todas mães que estão também lutando por dias melhores para seus filhos e muitas dúvidas estão aparecendo....


Hoje, como meu filho está saindo do espectro, penso em que conselhos eu daria a uma mãe que acabou de ter o diagnóstico.. .


Acho que quero compartilhar 2 coisas: fé e equilíbrio.



Primeiro a Fé: foi minha fé em Cristo que me deu forças para enfrentar tudo isso.

Seja qual for a sua fé, ela será necessária, pois não é facil esse percurso.

É uma corrida de 800 metros, e não de 100...

Então não gaste TODA sua energia, saúde e dinheiro nos primeiros 100 metros

Depois o Equilíbrio: Vocês encontrarão no caminho pessoas e teorias radicais em tudo...

Muitos com boas intenções...mas extremamente radicais...

POR FAVOR: mais equilibrio e menos piração!!!

Vocês são o porto seguro de seus filhos, e o exemplo de sanidade que eles têm em casa.

Não entrem em parafuso também.

Por mais que nos queiramos nos dedicar 24 horas a estimula-los, eles precisam de exemplos de NORMALIDADE em casa. Sabe? Mamãe, papai, amiguinhos, vizinhos, escolinha, almoco com arroz, feijao... comida.. à mesa com a familia.. não isolem seu filho do mundo!!!

Essas atividades tambem oferecem estimulos

Por favor, não é minha intenção ofender nem desagradar ninguem, aliás, se não fosse a dedicação dessas pessoas maravilhosas e tão obstinadas em suas áreas de contribuição, não saberíamos um décimo do que sabemos hoje sobre autismo. Amo todos vocês e sei que estamos fazendo nosso melhor, cada um a seu modo.

Mas moderação não faz mal a ninguem.

Nesse caminho, vale a pena conhecer tudo. Sua DEDICAÇÃO é fundamental.

Estar informado é sempre bom pra escolher o caminho certo. Mas cuidado, pois vocês vão encontrar pessoas:

- radicais com restrições alimentares: tem gente que fala que o filho não pode comer quase NADA... cuidado com essas pessoas, pras mães inexperientes, elas te deixam quase maluca com tantas restrições. Meu filho faz dieta SGSC há 1 ano, sem nenhum furo, com menos açúcar e soja e está muito bem. Parei com os orgânicos e não fez a menor diferença. Ele toma agua normal, filtrada.

- radicais com as terapias: vão encontrar mães que falam que todas as terapias do mundo são indispensaveis, se for seguir isso você vai à falencia. Algumas se sentem muito dependentes de terapeutas pra tudo. Gente, as terapeutas ficam poucas horas com nossos filhos e nós muitas. Elas ajudam a identificar pontos a serem melhorados, nos mostram algumas tecnicas e dicas boas e estimulam um pouco, mas o grosso mesmo é tarefa nossa. Já tem outras mães que odeiam terapeutas e fazem tudo sozinhas...nem tanto nem tao pouco né? Essas mães estao perdendo dicas ótimas de pessoas boas que se dedicam a isso a muito tempo

- radicais com horas de estímulos: amo o Son Rise e faço com meu filho, mas para uma mãe que trabalha no mundo real, fazer 10 horas de estimulos por dia é impossivel. Faca o seu melhor e não deixe que a culpa te tome por não fazer mais.

Admiro quem consegue tantas horas, mas não acho que é o único caminho, existem outros.

- radicais com filosofias de vida de que mãe que mãe, ainda mais de criança especial, não pode trabalhar fora. Me disseram pra largar o emprego e dedicar ao filho 24hs.

Isso é uma tortura pra mães que precisam trabalhar.

Se você puder reduzir ou flexibilizar horário, e contar com ajuda de pessoas boas isso não é verdade. Se você se sente bem ficando em casa, ótimo. Seu filho vai amar isso.

Mas se a vida inteira trabalhou fora e se sente melhor assim do que ficando o dia todo em casa com os afazeres domésticos, não pare! Lembre-se de que eles também tomam tempo.

Pra estimular seu filho o maior ingrediente é VOCÊ estar bem e animada na hora de brincar.

Eu gosto do meu trabalho, chego em casa feliz, com saudades e muito gás pra brincar. Reduzi meu horario. Com meu salario pago uma ajudante, entao quando chego a janta está pronta e meu tempo após as 17:00 é todo do meu pequeno

- radicais com medicação: encontrarão pessoas e psiquiatras radicais com excesso de medicação, que dão remedio pra atenção, remedio pra dormir, remédio pra acalmar, pra tudo. Seja crítica! E equilibrada. ..não entupa seu filho de remedios que o deixem dopado.

Mas também não tome o outro caminho radical de NENHUM remédio. Se por um lado não devemos dopá-los, por outro não quer dizer que nenhum remedio do mundo ajuda...se ele tem convulsões, por exemplo, pode sim precisar de remedios...se têm infecçoes, às vezes precisam de antibióticos.

radicais com restrições eletrônicos: tem gente que acha que não pode NUNCA e só atrapalha. Talvez pra algumas crianças seja mesmo assim, mas nem todas.

Meu filho usa eletronicos, em periodos limitados do dia, aprende muito com programas educativos no computador e videos educativos. Tem limite pra tudo...tem hora de TV (0,5-1h/dia) , hora de terapia (1-2h/dia), hora de escola (4h/dia) e hora de estímulos/Son Rise (2h/dia)...
- radicais em favor de um método: tem gente que acha que só um único método é bom e pode ajudar todos os autistas...tem radicais do Pecs, do Aba do Son Rise...etc.. .

Gente, não é partido político!!! Você não tem que levantar a bandeira disso ou daquilo e ficar do lado desse ou daquele metodo...brigando com os outros...

Você tem que ficar do lado do SEU filho. Conheça seu pequeno e pegue o que tem de bom daqui e dali, de acordo com as deficiências do SEU filho e use todas as ferramentas disponíveis para ajudá-lo. Quase todos esses metodos tem algo de bom que pode ser usado. Eu uso mais Son Rise (uns 80%) com meu filho, mas pra algumas coisas, usei método bem diretivo, proximo do Aba. Pra ensinar outras usei algumas figuras (parecidas com Pecs), sempre EU mostrando pra ele...nunca o oposto... no MEU caso foi assim..no seu pode ser diferente.

- radicais com biomédicos: saiba a diferença entre pesquisas e teorias e verdades absolutas comprovadas. Graças a Deus temos muitos bons profissionais pelo mundo pesquisando por nossos filhos, mas lembrem-se.. .na ciência, de centenas de pessoas que pesquisam em muitas frentes diferentes, poucas vão realmente solucionar a equação.

Isso quer dizer que tem muita gente estudando e chegando a conclusões erradas, que só com o tempo saberemos quem estava certo e quem estava errado..

Ninguém sabe ainda com 100% de certeza as causas e cura do autismo.

Estamos todos TENTANDO...por isso, não saia dando remedios fortes que oferecem riscos a seu filho, só porque leu não internet uma pesquisa lá na china que diz que faz bem, ou porque algum “especialista” recomendou.

Seja crítica, meça os riscos e consequencias. Nosso filhos não são cobaias!!!

- radicais com vacinas: seja critica!!! Não precisa ser TUDO ou nada. Eu sei que há um risco de elas piorarem o autismo, eu só dou vacinas como Polio e doenças mais graves. Já catapora e doencas leves afins não dou mais. Mas não quer dizer que seu pequeno não possa tomar NENHUMA vacina.

- radicais com relação a dinheiro: conheci alguns pais que nao possuem recursos e que isso é desculpa pra nao fazer quase nada. Dizem que nao fazem Son Rise por que nao têm dinheiro pra workshop: BALELA!!! Eu fazia Son Rise muito antes do workshop, que foi ótimo, mas nao mudou tanto o que eu já fazia pelo que vi no site do inspirados. Eu já fazia dieta pelas dicas de outros pais e pouca coisa mudou apos algumas consultas com especialistas. Geralmente sempre é possivel alguma fono em instituicao do governo, mesmo que nao seja a melhor fono. Conheci pais que estao bem longe, em cidades sem terapeutas e com poucos recursos financeiros que conseguiram ótimos resultados com dedicacao e Son Rise. A dieta é cara? Sim, se voce der as “porcarias” que substituem o gluten/caseina, mas o basico: arroz, feijao, ovo, legume, bife, frutas, legumes etc, pode ser consumido a precos normais.. o leite que é o mais dificil ja teve que conseguisse fazer de inhame. Quantos aos florais e tratamento ortomolecular, esses eu concordo que ainda nao da pra fazer sem $, mas fazendo todo o resto já da pra ter grande melhora.

Conheci o outro lado também: pais com muito $ que pagam gente o dia todo, 10 h/dia, pra fazer ABA e Son Rise e etc e que eles mesmos pouco sabem o estagio de seu filho, quais as suas deficiencias e dizem que nao sabem brincar direito com as crianças... gente, dinheiro ajuda, mas NINGUEM substitui VOCÊ na qualidade de estímulos e vínculo emocional.

- radicais da dieta como solução: quem teve êxito por um caminho, geralmente prega que aquilo é a solução pra tudo, a “cura” do autismo. Não tenho essa pretensão. O autismo é muito novo pra ciência. Os psiquiatras pegam crianças com sintomas e comportamentos similares e as classificiam como sendo autistas. Como se elas tivessem a MESMA doença. Na minha opiniao, o que elas têm são sintomas semelhantes, que nao necessariamente têm a mesma causa raiz.

Pelas várias nuances de autismo já vi, acho que futuramente quando estudarem mais a fundo até serão classificadas como DOENÇAS diferentes, com causas provavelmente diferentes. É por isso que creio que determinados tratamentos como dieta SGSC sejam efetivos com apenas um subgrupo de autistas. Porque provavelmente o que causa os sintomas autísticos nesse grupo nao é o mesmo fator que causa nos demais. De qualquer forma, nao sabemos se a dieta ajuda nossos filhos até tentar. Conheci uma criança que se recuperou sem a dieta e outra com a dieta. Pro meu filho a dieta ajudou, mas o caminho não é único.

- radicais com inclusão na escola: tem quem defenda que todo autista deve ir pra escola regular, ha quem diga que todos devem ir pra escola especial, outros que devem fazer Son Rise o tempo todo e nao ir à escola...cada caso é um caso. Eu acho que o melhor lugar pro meu filho é aquele que mais pode ajuda-lo a se desenvolver. ..como ele era leve, uma mistura escola x terapias x son rise em casa funcionou bem. Mas no inicio, quando se isolava muito dos colegas na escola, cheguei a pensar em colocar numa escola especial, acabei nao precisando pois ele mudou... mas se fosse ajuda-lo mais caso ele fosse muito grave, nao teria preconceitos a respeito. Cheguei a ir visitar as escolas especiais pra conhecer. Uma menina grave daqui evoluiu bem apos ir meio periodo a escola regular e 3 horas a escola especial todo dia...

EM SUMA:

Eu tentei tratamentos com meu filho que não são 100% comprovados? sim, pois ele não pode esperar décadas até os tratamentos serem homologados. ..
mas tentei só os homeopáticos, dieta, florais, óleos de côco, linhaça dourada, ômega 3, vitaminas, lactobacilus e afins. Nada que oferecesse risco a meu pequeno.
E mesmo nesses leves aí sempre levei pra psquiatra e neuro verificarem se não havia superdosagem que pudesse prejudicar algum órgao vital dele.
E fiz exames pra ver como estão reagindo os orgãos a esse monte de substâncias, que mesmo leves, em excesso prodem prejudicar.
Alopáticos, não dei ainda... tem sempre um risco, que hoje com o estado do Gabriel não vejo porquê correr. Se ele estivesse grave, sofrendo ou se agredindo eu até tentaria... correria mais riscos...mas hoje não vejo necessidade. ..seja crítica, meça prós e contras. VOCÊ é quem decide o que seu filho toma ou deixa de tomar!!!

E COMO DIZ UMA GRANDE AMIGA, FORÇA NA PERUCA!!!!


Tatiana Anami

sexta-feira, agosto 6

DESISTIR NUNCA

ESTA NOITE FOI MUITO DIFICIL PARA MIM E MAIS AINDA PARA MEU RAPAZINHO....
Passei toda a noite acordada com ele muito irritado. durante toda a manhã também não dormiu e só agora as 15h adormeceu.. estou muito cansada e não consigo dormir um pouco. Então vim até o compurtador e encontrei esse vídeo que diz: Não desista Nunca! Pois é, era o que estava querendo ouvir. Apesar de tudo isso, não vou nem quero desistir. Meu pequeno é só amor e por ele farei o que for para que ele se sinta melhor. Desistir da luta, jamais!!!!

quinta-feira, agosto 5

SUGESTÕES DE BRINQUEDOS PARA CRIANÇAS AUTISTAS

PESQUISANDO NA NET ENCONTREI UM SITE QUE DÁ SUGESTÃOE DE BRINQUEDOS PARA CRIANÇAS AUTISTA. VALE A PENA CONFERIR.


Clique em http://www.cedapbrasil.com.br/portal/modules/xcgal/thumbnails.php?album=14 para conhecer as nossa sugestões de brinquedos para crianças com autismo na primeira infância!

terça-feira, agosto 3

O MESTRE

O programa computacional educativo Mestre® (Goyos & Almeida, 1994) destina-se a professores e demais educadores que atuam na área de educação pré-escolar e de primeiro grau e na educação especial.


O Mestre® foi desenvolvido no LAHMIEI com o objetivo de servir como uma ferramenta de auxílio ao ensino de habilidades acadêmicas diversas para aprendizes a partir da idade de três anos.


O programa permite que o educador crie a tividades diversas de acordo com as suas necessidades e as do aprendiz.


O programa permite uma interação bastante amigável com o usuário. Uma tela principal apresenta seis ícones, com desenhos sugestivos do conteúdo, que dão acesso a todas as ferramentas disponíveis.
Cada ícone leva a uma nova tela quando o usuário clica em um deles com o mouse. Os ícones são os seguintes:


· desenho de uma criança interagindo com o computador: leva para a área de escolha da tarefa a ser executada pelo aluno;


· desenho de um adulto interagindo com o computador: leva para a área de criação de tarefas;


· desenho de uma folha de papel: dá acesso ao registro do desempenho do aprendiz e traz a opção de imprimir esse registro em forma de relatório;


· desenho de um gravador: permite acesso ao conjunto de sons disponíveis;


· desenho de uma câmera fotográfica: permite acesso ao conjunto de imagens disponíveis;


· desenho de uma porta: para sair do sistema.


É possível introduzir ou eliminar sons e imagens, adaptando a base de dados às necessidades do aprendiz ou objetivos do educador. A tela de criação de tarefas é usada para elaborar os conjuntos de exercícios ou problemas ou para modificar os já existentes. Para criar uma nova tarefa, o educador deve nomeá-la, introduzir sons, imagens e textos como estímulos modelos e imagens, textos e letras como estímulos comparações. O sistema permite introduzir até dois modelos por exercício e até três comparações. Mesmo após criada, a tarefa pode ser alterada, incluindo novos exercícios ou apagando os já existentes.


A opção para resolver tarefas contém as lições criadas anteriormente. O usuário pode escolher uma dessas lições para ser executada clicando sobre ela com o mouse. O nome do aprendiz pode ser digitado para depois ser impresso juntamente com o nome da tarefa no relatório. Existe, ainda, a opção de usar ou não conseqüências para as respostas do aluno. A interação do aprendiz com o sistema dá-se através do mouse ou do teclado. As apresentações dos modelos e das comparações na tela seguem os moldes das tarefas de escolha de acordo com o modelo, sendo que o programa apresenta na parte superior da tela os estímulos modelos e na parte inferior, os estímulos comparações.


O programa fornece um relatório com informações relevantes do desempenho do aluno durante a execução de uma dada tarefa. A tela que mostra a opção de gerar relatório contém informações sobre todas as tarefas disponíveis para solicitação de relatório. O relatório traz as seguintes informações: nome do aluno, nome da lição, data, horário de início e de fim da tarefa e um resumo do desempenho do aluno na lição com freqüência simples e porcentagem de erros e acertos.


O relatório apresenta, ainda, informações detalhadas da lição: número e ordem das tarefas apresentadas, estrutura de cada tarefa (modelos e comparações), a escolha determinada como correta pelo educador e a escolha efetiva do aluno.

domingo, agosto 1

Autistas também têm capacidade de jogar

Alexandra Serodio

Após seis anos de investigação, Ana Saldanha conseguiu criar um instrumento único que permite avaliar a capacidade de jogo das crianças com autismo. A descoberta valeu-lhe nota máxima com distinção e torna-a na única portuguesa doutorada em Educação Especial.


Aos 30 anos, a maioria dos quais agarrados a livros, Ana ostenta um sorriso rasgado e não esconde o orgulho do trabalho realizado. Ontem, segunda-feira, na Universidade da Extremadura, pólo de Badajoz, defendeu durante cinco horas a tese “O Jogo em Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA): Desenvolvimento de um Instrumento de Avaliação”.


“Este é o fruto de alguns anos de investigação na área do Autismo” assegura Ana, revelando que a tese “surge pela carência de métodos/provas de Avaliação do Jogo Simbólico em Crianças Autistas”. A investigadora acredita e provou que “as crianças com autismo têm capacidade de jogo” apesar de “alguns autores discordarem”.


“Tanto para as crianças com incapacidade como os que não contam com ela, têm direito ao jogo e ao acesso aos brinquedos” explica Ana, admitindo que “os primeiros encontram sérias dificuldades para poder usar muitos dos jogos e brinquedos do mercado”.


Para a recém doutorada, o jogo “permite desenvolver a própria capacidade física e mental, sendo uma fonte de auto afirmação, satisfação e prazer”. O jogar “significa ser activo e preparar-se para a vida adulta”, afiança.


Depois do trabalho desenvolvido com 45 crianças espanholas, o novo instrumento de avaliação de Ana Saldanha permitiu demonstrar que “as crianças com TEA têm capacidade para poder desenvolver o jogo simbólico”, e ainda “comprovar que nesse jogo podem identificar-se dimensões que fazem referência a diferentes habilidades intelectuais específicas”.


A investigadora lembra que “o autismo é uma síndrome que ultimamente tem tido um maior enfoque de investigação”, devido ao facto de “actualmente, surgirem nas escolas e nos centros educativos uma quantidade considerável de crianças com esta perturbação”. Mesmo assim, realça “deparamo-nos no dia-a-dia com uma grande dúvida no diagnóstico diferencial, entre autismo e nomeadamente o atraso mental”.


Durante a investigação dividida entre Portugal e o país que escolheu para estudar, Espanha, Ana percebeu de imediato as grandes diferentes existentes. “Em Espanha trabalha-se em equipa. Os médicos, pediatras, psicólogos e outros especialistas trabalham em conjunto em prol da pessoa e isso não se vê em Portugal”, realça, assegurando que no caso do autismo “é importantíssimo este tipo de união entre todos”.


Defendendo que “a intervenção precoce é fundamental para o futuro das crianças com autismo”, Ana assegura que uma pessoa com autismo “pode ter qualidade de vida e até trabalhar”, basta para isso que “seja ajudada e estimulada”. Reforçando a necessidade de distinguir “autismo de doença mental”, a investigadora acredita que o instrumento de trabalho que desenvolveu permitirá dar mais felicidade aos autistas.