Pensando um Segundo...

... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.

Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "

Abraços

Vilma Candido



segunda-feira, novembro 29

Um grupo de pais de crianças com autismo criou a Revista Autismo, gratuita, de circulação nacional e com-- um verdadeiro milagre nos dias de hoje! -- veja detalhes no site
http://revistaautismo.com.br/noticias/pais-brasileiros-criam-a-primeira-revista-de-autismo-na-america-latina-com-100-de-voluntariado e se precisar, me pergunte mais informações. 100% de voluntariado, sem ONG, sem empresa, sem governo e sem nenhum dinheiro


O autismo não é raro como muito podem pensar, é mais comum do que se imagina, atingindo hoje nos EUA 1 a cada 110 crianças (veja reportagem da revista). No Brasil não temos estatísticas, mas estima-se que haja 2 milhões de pessoas com o transtorno do espectro autista (TEA). A síndrome é mais comum em crianças do que AIDS, câncer ou diabetes. E o tratamento quanto antes for feito, melhores os resultados.
       Eu, que sou pós-graduado em Jornalismo e tenho um filho de 3 anos de 7 meses com autismo fui convidado a (e topei) ser o editor-chefe da revista e "capitanear" este barco. O objetivo é levar informação a pais que não têm acesso à internet -- além, logicamente, de atingir profissionais e governos para que diminua-se o preconceito e crie-se políticas públicas para atender às famílias afetadas por essa síndrome -- pois é algo que afeta e desestrutura a família toda.
       Só pudemos imprimir 5 mil exemplares, o que durou uma semana. A demanda é absurda por informação sobre autismo no Brasil, pois não há quase nada. A falta de informação é tão grande que nossa revista é a única na América Latina sobre o tema e a única no mundo em língua portuguesa (tivemos solicitações e enviamos algumas inclusive para Portugal e para brasileiros na Inglaterra, Japão, EUA e a um médico mexicano na Cidade do México).
       Como ainda não conseguimos um patrocínio para continuarmos o projeto e fazermos a próxima edição, estamos realizando uma campanha de doações para reimprimir a edição de lançamento -- o número zero da revista, que aliás está em versão virtual e em PDF para ser baixado, com 100% do conteúdo, sem restrições, no site da revsita (RevistaAutismo.com.br) e por este link (http://www.revistaautismo.com.br/revistaautismo0.pdf).
      Cotei e com R$ 11mil podemos reimprimir mais 5 mil exemplares da edição de lançamento (número 0), na gráfica do Ir.'. Zinho (da ARLS União do Sul, 3260, Or.'. de Criciúma-SC, a mesma que nos doou a impressão anterior).
    Com doações, nossas ou que consigamos angariar de outros grupos, pessoas, empresas etc. podemos fazer isso!
    Abri uma conta no Bradesco somente para doações à revista (escolhi o Bradesco pois pode-se depositar em qualquer ag. de CORREIOS, que tem em todo o Brasil).
Banco: Bradesco
Agência: 2534-8 (nem sempre precisa do dígito da agência)
Conta Corrente: 8679-7
Titular: eu (Francisco de Paiva e Silva Junior - CPF:181.874.238-11)


    Quem doar, não precisa enviar comprovante. A ideia é primeiro conseguirmos o montante para reimprimir, depois todos podem solicitar envio pelo correio, pagando a postagem de R$ 2,50 por revista para qualquer endereço do Brasil (R$ 2,30 pela encomenda simples nos correios + R$ 0,20 pela embalagem).
     Hoje (29/11/2010) já temos R$ 5.889,45, precisamos somente de R$ 4.110.55 -- e se conseguirmos mais, imprimiremos mais exemplares, sem dúvida, pois a demanda é enorme e entendemos que mais 10 mil exemplares seria o ideal, porém, um número ainda distante!
O Caixa da Revista Autismo está público no link http://goo.gl/LmIFQ para que todos vejam e fiscalizem.
     Então, sugiro que além de todos que puderem doar o façam (seja a quantia que for será muito bem-vida e agradecida), fazer uma pequena campanha na sua igreja, centro, empresa. Explique a importância deste projeto e não será difícil conseguir algo para uma causa tão nobre como esta.
     Para fazermos uma próxima edição, precisamos de R$ 40 mil (para 15 mil exemplares, se conseguirmos menos, fazemos menos), portanto estamos nos focando apenas em reimprimir esta edição de lançamento para divulgar mais e tentar conseguir 1 ou 2 grandes empresas que possam patrocinar edições trimestrais o que daria ( R$ 160 mil ao ano = 4 edições de 15 mil exemplares cada). Se você tiver contato com alguma empresa que se encaixe no perfil para esse patrocínio, contate-me para tentarmos algo juntos. Conseguiremos, eu creio!
    Antecipadamente agradeço o que conseguirem ou ao menos tentarem.
          Abraço a todos,
Paiva Júnior
Editor-chefe, Revista Autismo -- Informação gerando ação
RevistaAutismo.com.br -- A primeira revista sobre autismo da América Latina e a em língua portuguesa no mundo
Siga a revista no Twitter:
@RevistaAutismo
e-mail revista: editor@RevistaAutismo.com.br

quinta-feira, novembro 25

Tratamento biomédico


             Nos EUA muitos médicos tratam os autistas através do protocolo DAN (Defeat Autism Now/Derrote o Autismo Agora) feito pelo ARI (Autism Research Institute/Instituto de Pesquisas em Autismo). Pense no movimento DAN! como um movimento político. Bernard Rimland, médico, cientista, pai e estudioso, não se conformava com a visão limitada da sociedade médica que tratava o autismo como uma doença mental. Na década de 60 fundou o Autism Research Institute (Instituto de Pesquisas no Autismo) e a partir de 1980 junto com mais 2 médicos, Sidney Baker e John Pangborn, deu origem ao movimento DAN!
      Em 1995, fez a 1ª conferência DAN! O objetivo formal do movimento DAN é " se dedicar a exploração, validação e disseminação de intervenções biomédicas cientificamente documentadas para indivíduos dentro do espectro autístico, através da colaboração de médicos, cientistas e pais". A experiência desses grupos mostra que o autismo é causado por stress oxidativo, metilação inadequada e distúrbios na sulfatação que acabam atingindo o cérebro e provocando a alteração que chamamos de autismo.
        Na visão DAN!, o comportamento autista se mantém em um tripé que envolve os sistemas imunológico, intestinal e endócrino. Este protocolo baseia-se em tratar o autismo através do comportamento do processo metabólico de cada indivíduo. Este método encontra falhas, excessos, desequilíbrios que ocorrem no organismo, através de exames específicos de sangue, urina, fezes e mineralograma. O objetivo final é superar essas falhas e junto com um tratamento educacional intensivo, recuperar essas crianças. Além de verificar o excesso de metais no organismo, esses exames também podem mostrar outros problemas como défit em vitaminas, aminoácidos e sais minerais, hormônios, alergias e intoxicação alimentar, inflamações...
      De acordo com o protocolo DAN há muitos pontos a serem analisados que podem estar afetando a criança autista.
      A estratégia de intervenção deve ser planejada e a interpretação de eventos que ocorram deve ser cuidadosa, tanto do ponto de vista objetivo quanto subjetivo, de tal modo que eventuais ajustes na conduta sejam implementados.
Nunca se deve esquecer que, em algumas ocasiões, o uso de medicamentos pode vir a ser necessário.
          Impactos no desenvolvimento de crianças pertencentes ao espectro autista:
          O que está desequilibrado/alterado nessas crianças? INVESTIGUE ANTES DE MEDICAR.
- níveis de IgA secretora diminuídos
- doença inflamatória intestinal
-deficiências nutricionais
- refluxo gastro-esofágico
- intestino permeável
-acúmulo de metais pesados
- trombofilia
- disfunção sensorial
- alterações cromossômicas (X frágil,Rhett, alterações congênitas-mais raras,etc)
- sarampo recorrente
- presença de opióides
- deficiência de melatonina
- déficits nutricionais
- alergias alimentares
- autoimunidade cerebral
- alteração na perfusão
- alteração nos níveis de dopamina
- CMIS alterado
- gastrite
- disbiose
- nível de amônia elevado
- alteração nos níveis de purina
- alteração nos níveis de serotonina
- alteração nos mecanismos de sulfatação
- deficiência nos níveis de ômega 3
O QUE ISSO NOS INFORMA?
° uma gama de desequilíbrios bioquímicos podem originar problemas, especialmente quando ocorrem todos em um indivíduo
° existência de sub-grupos dentro do espectro
° identificação do impacto bioquímico que acontece dentro do organismo
° estabelece uma conexão entre intestino & cérebro
AGENTES DESENCADEANTES:
      Para que a história pregressa faça sentido há necessidade de um acontecimento marcante, que leve à alterações no intestino e, depois, ao cérebro.
 O que pode ser?
° Toxinas, viroses, metais, antibióticos, alterações imunes são algumas possibilidades
° Combinações sinérgicas de todos esses fatores são muito possíveis.
   Esses Fatores Necessitam Ser Listados – Estabelecendo prioridades:
° a prioridade é específica para cada criança
° o sucesso requer atenção aos detalhes
° todos os fatores, eventualmente, serão contemplados
° entretanto, o melhor ponto de partida, geralmente é o intestino (CMIS)
Seqüência de Tratamento:
       Seu médico lhe orientará baseado na história do paciente, nos exames laboratoriais e nos sintomas. Essa é uma sugestão de programa de tratamento.
° intolerâncias alimentares ( i.e. glúten, caseína)
° imunidade intestinal ( IgAS)
° flora intestinal/integridade da membrana celular de revestimento intestinal
° desintoxicação e eliminação de toxinas do intestino
° digestão
° absorção
° fortalecimento do parênquima hepático para a desintoxicação
° reposição nutricional ( vitaminas, minerais, ácidos graxos essenciais, aminoácidos)
° desintoxicação dos metais pesados
Cada criança tem uma combinação diferente. Pesquisadores trazem novas pistas diariamente








ENCONTRANDO UM MÉDICO


        Encontrar um médico que entenda o autismo poderá ser um obstáculo, mas que você terá que ultrapassar. Porquê? Ao menos que o médico tenha tido experiência com autismo, é muito improvável que ele seja capaz efetivamente de ajudá-lo e tratar essa condição.
        Autismo não é um simples transtorno invasivo do comportamento que pode ser melhorado ou curado com uma simples medicação ou algumas poucas visitas ao psiquiatra. É uma desordem muito séria que afeta cada pessoa diferentemente, tornando cada caso específico e único.
     Contudo se você ou o pediatra de seu filho suspeitam de autismo, é decisivo para a sua criança e o futuro dela, que ela seja encaminhada à um especialista em diagnosticar e tratar as desordens do espectro autista. Isto significa que sua criança pode necessitar mais do que um médico ou profissinal especializado em autismo.
        A lista a seguir é de profissionais especialistas que devem fazer parte da equipe multidisciplinar que uma criança autista, certamente em algum momento precisará.
- Psiquiatra infantil: Pode ajudar a determinar o diagnóstico inicial, prescrever medicações e ajudar o autista a lidar com as relações sociais e a desenvolver o seu comportamento emocional.
- Psicólogo clínico: Especialista que entenda sobre a natureza e o impacto do autismo. Esse profissional deve conduzí-lo a um teste psicológico e assistí-lo no treino de abilidades sociais e modificação de conduta.
- Pediatra: Trata os problemas de saúde e os problemas relacionados a defazagens e atrasos do desenvolvimento.
- Fonoaudiólogo: Ajuda a desenvolver a comunicação, focalizando na linguagem e no uso da fala.
- Terapeuta ocupacional: Foca em ajudar o autista a desenvolver a prática da vida diária e auto-cuidados, como comer e se vestir adequadamente. Esse profissional pode ajudar ainda a adquirir abilidades na coordenação motora grossa e fina e na integração sensorial.
- Fisioterapeuta: Ajuda a criança a desenvolver-se motoramente através de exercícios para os músculos, nervos e ossos.
          A partir do momento que você encontrar os profissionais que precisa,é essencial que você trabalhe junto com eles. A razão para isso é que embora o profissional tenha experiência com autismo, você é a pessoa mais experiente quando se trata de informações específicas relacionadas as abilidades e necessidades do seu filho.
        Para você efetivamente colaborar e trabalhar junto com um profissional, você precisa:
- Educar-se: aprender o máximo possível sobre autismo;
- Preparar-se: Escrever qualquer questão ou assunto relacionado a sua criança, ao autismo ou ao tratamento e debatê-lo com o profissional;
- Libertar-se: Você não tem que concordar com tudo que o profissional fala. Se você não concorda com uma recomendação, faça-se ouvir.
       Se você está com dificuldades de saber aonde você pode encontrar especialistas em autismo, temos sugestões a seguir:
- Na sua comunidade: Visite o seu convênio médico, hospital, farmacêutico e pergunte se eles conhecem alguém especialista em diagnosticar e tratar o autismo. Mas lembre-se, mesmo que você seja indicado à um especialista, ele pode não ser a pessoa que você esteja procurando e deseja. Não tenha receio de questioná-lo sobre sua experiência.
- Na internet: A internet é um fantástico meio de pesquisa e tem inúmeras e valiosas informações sobre autismo, como entender e ajudar efetivamente um autista.
- Nos grupos de suporte: Se envolver e fazer parte de um grupo de suporte criado para apoiar o autista e seus familiares, pode ser extremamente favorável para encontrar os profissionais, já que você pode pedir por recomendações. Os grupos de suporte também dão encorajamento nos momentos difíceis e te permite a oportunidade de discutir o autismo com outras pessoas que conhecem e sabem pelo o que você está passando.





Autismo já é considerado como medicamente TRATÁVEL:


http://www.usautism.org/USAAA_Newsletter/120908_newsletter_comed_article.html

          Em abril de 2008, a Escola Americana de Medicina Genética (ACMG), reconhecida pelo conselho médico AMA, estabeleceu procedimentos de práticas clínicas a serem seguidos por geneticistas clínicos, tanto para determinar a etiologia dos casos de desordens do espectro autista (ASD) como para tratar pacientes com este diagnóstico. Este estudo, " Desordem do Espectro Autista - associados a biomarcadores para a avaliação do caso do paciente e gestão por geneticistas clínicos ", confirma que atualmente existe uma rotina bem estabelecida, clinicamente disponível, com biomarcadores identificados que auxiliam os geneticistas clínicos a avaliar e tratar indivíduos clinicamente diagnosticado com ASD, e descreve sucintamente alguns biomarcadores reconhecidos. Dependendo da causa da ASD, estes pesquisadores descobriram que "os riscos médicos associados, podem ser identificados, o que pode levar a uma triagem e prevenção em pacientes com potencial morbidade e de outros membros da família." A COMED Inc., associação sem fins lucrativos e, através de subsídio da Fundação Brenen Hornstein Autismo Research & Education (BHARE), sem fins lucrativos do Instituto de doenças crónicas, Inc. financiou esta pesquisa.
             As importantes ferramentas clínicas identificadas para avaliação médica e resposta ao tratamento monitorizado incluiu:
1. Biomarcadores de Pofirinas - ajuda a determinar se o mercúrio tóxico está presente e, quando ele for encontrado, monitora as alterações das quantidades de mercúrio, durante as terapias de desintoxicação (leia-se: quelação).
2. Biomarcadores de Transulfatação - ajuda a determinar se a suscetibilidade bioquímica ao mercúrio está presente e, quando ela for encontrada, monitora as respostas do paciente durante a suplementação com terapias nutricionais, tais como: metilcobalamina (a forma metil de vitamina B12), ácido folínico, e piroxidina (vitamina B6).
3. O estresse oxidativo/ biomarcadores de Inflamação - ajuda a determinar se há excesso de subprodutos de vias metabólicas e, quando forem encontrados, monitora os progressos dos pacientes durante a suplementação com anti-inflamatórios, como Aldactone ® (espironolactona).
4. Biomarcadores Hormonais - ajuda a determinar se alterações hormonais estão presentes e, quando forem encontrados, monitora os progressos dos pacientes durante o tratamento indicado com drogas de regulação hormonal tais como Lupron ® (acetato de leuprolide) e Yaz ® (drospirenone / ethynyl estradiol).
5. Biomarcadores de disfunção mitocondrial - ajuda a determinar se houver perturbações nos percursos de produção de energia celular e, quando forem encontrados, monitora os progressos dos pacientes durante a suplementação com drogas como a Carnitor ® (L-carnitina).
6. Biomarcadores Genéticos - ajuda a determinar se há susceptibilidade genética ou fatores causais presentes e, quando forem encontrados, fornece dicas sobre as modificações comportamentais que reduzem o impacto desses fatores genéticos.
     Hoje em dia, qualquer pai, médico, ou provedor de saúde pode facilmente contratar os serviços de um geneticista clínico, que segue as orientações praticas da ACMG para avaliar e tratar pacientes diagnosticados com ASD.

terça-feira, novembro 23

Cientistas usam robô para estimular crianças autistas

   Robô Nao é capaz de fazer movimentos de Tai Chi Chuan acompanhado de música

      Pesquisadores do Centro de Saúde, Intervenção e Prevenção (CHIP) da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, estão tentando descobrir se um pequeno robô pode melhorar as habilidades motoras e de comunicação de crianças com espectro autista (ASD).
      Anjana Bhat, professora de cinesiologia (ciência que estuda os movimentos) da Escola de Educação Neag, recebeu uma bolsa de dois anos do Instituto Nacional de Saúde mental (NIMH) para desenvolver uma série de interações entre crianças e robôs.
Durante seu pós-doutorado em autismo, Anjana estudou a deficiência motora em crianças com autismo, como má coordenação motora, equilíbrio e a dificuldade de imitar movimentos complexos.
       Ela ficou interessada pelo assunto porque pesquisas sugerem que deficiências nessas áreas contribuem para dificuldades de comunicação em crianças com autismo.
Anjana e sua equipe compraram um robô de 58cm chamado Nao da empresa francesa Aldebaran Robotics. O robô se apresenta, estende sua mão para cumprimentar, avisa às crianças que gosta de brincar com elas e se curva.
      Nao também é capaz de fazer movimentos de Tai Chi Chuan acompanhado de música. Mas o mais importante para os pesquisadores é que ele pode ser programado para tornar seus movimentos mais complicados ao longo do tempo, à medida que as crianças obtêm progressos na terapia.
           A pesquisadora começou a usar o robô em sessões com crianças em seu laboratório. Na primeira parte do estudo, os cientistas irão estudar cinco crianças com autismo e outras 16 saudáveis, para interagir com Nao em oito sessões separadas. Em cada uma delas, as crianças terão de imitar quatro ou cinco movimentos do robô.
Segundo Anjana, as crianças com autismo se sentem mais à vontade com robôs do que com outras pessoas, no começo, porque as interações são mais simples e mais previsíveis, e elas controlam a interação social.
           Segundo a pesquisadora, “os robôs encorajam as crianças a participar de interações que envolvem todo o corpo”. Ela explica que crianças com ASD geralmente gostam de brincar com Nao e reagem com atitudes de imitação com uma certa demora quando interagem com outras pessoas.
       A pesquisadora diz que os robôs poderão ser usados como intermediários entre terapeutas e crianças com ASD até que uma conexão seja feita.
      Futuramente, robôs poderão gravar vídeos e dados dos movimentos das crianças, reduzindo os recursos humanos necessários para avaliar e tratar as crianças.

Senado estuda legislação nacional para dar proteção aos autistas

Especial Cidadania Edição de terça-feira 23 de novembro de 2010

Amigos, leiam  a reportagen que saíu hoje no Jornal do Senado, sobre autismo e a discussão da lei federal.
Proposta foi inspirada em iniciativa pioneira da Paraíba

Em abril do ano passado, a Paraíba instituiu o Sistema Estadual Integrado de Atendimento à Pessoa Autista, pela Lei 8.756. Com a criação de um cadastro dos portadores de transtorno do espectro autista, a lei estadual prevê a integração de ações governamentais nas áreas de saúde, educação, assistência social e informação voltadas para o atendimento especializado. Na saúde, por exemplo, são garantidos diagnóstico precoce dentro dos três primeiros anos de vida, atendimento médico, psiquiátrico e neurológico, atendimentos terapêuticos alternativos, como psicoterapia, psicopedagogia, fisioterapia, fonoaudiologia, qualificação das equipes do Programa de Saúde da Família, entre outros.


A lei prevê desde programas de capacitação profissional, distribuição gratuita de medicamentos, educação da criança autista dentro do mesmo ambiente escolar das demais crianças, transporte adequado, até estímulo à adoção e residências assistidas para aqueles que perderam sua referência familiar seja por morte dos familiares ou por abandono (veja a íntegra da lei no Saiba mais).


Inspirada nessa legislação paraibana, a Associação em Defesa do Autista (Adefa), criada em 2006 no Rio de Janeiro, apresentou proposta durante audiência na CAS para que se institua um sistema nacional integrado de atendimento à pessoa autista. Mais amplo que a lei da Paraíba, o anteprojeto estabelece os direitos fundamentais da pessoa autista ou portadora de outros transtornos globais do desenvolvimento — um deles é não ser submetida a tratamento desumano ou degradante, sofrer discriminação e ser privada de sua liberdade ou do convívio familiar — e define os deveres do poder público.


Com 19 artigos, o anteprojeto classifica necessidades específicas dos autistas, incluindo não só o diagnóstico precoce e os atendimentos alternativos à medicina tradicional (com carga horária de pelo menos 12 horas semanais), mas também nutrição adequada e acompanhamento domiciliar por meio de terapeutas ocupacionais e psicopedagogos para dar suporte às famílias.


Além de integrar as ações governamentais e prever a capacitação de toda a rede de serviços, inclusive das equipes que trabalham nos centros de atendimento psicossocial (Caps), e acesso aos medicamentos e nutrientes, a proposta define alguns procedimentos para a inserção da criança ou do adolescente autista na rede regular de ensino. Para os casos em que isso não seja possivel, serão criadas classes especializadas ou centros de ensino especiais, com acompanhamento individualizado.


O anteprojeto também trata da profissionalização de adultos e jovens autistas e sua inserção no mercado de trabalho, propondo a concessão de horário especial aos servidores civis e militares que comprovarem o transtorno. Os funcionários públicos que tiverem cônjuge, filho ou dependente portador de autismo poderão ter o mesmo benefício, mas terão de se submeter a compensação de horário. Também estão previstos cadastramento nacional, campanhas de esclarecimento à população, estímulos à adoção, residências assistidas e instituições de tratamento e repouso quando for impossível a inserção familiar.


Diagnóstico precoce é instrumento eficaz

Há instrumentos e conhecimentos suficientes para identificar, já nos primeiros meses de vida, crianças com risco de desenvolverem autismo, segundo o neuropediatra José Salomão Schwartzman, professor em Distúrbio do Desenvolvimento da pós-graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Considerado um dos maiores especialistas brasileiros em transtorno do espectro autista (TEA), Schwartzman esclarece que não se fecha diagnóstico nessa idade. Mas frente à suspeita, é possível iniciar atendimentos que podem minimizar os prejuízos decorrentes do TEA.

Todos os especialistas recomendam o diagnóstico precoce até os três anos de idade. Nos Estados Unidos, segundo o psiquiatra infantil Walter Camargos Júnior, de Belo Horizonte (MG), especialista em diagnóstico precoce, existe uma avaliação das crianças aos 18 meses para triar os casos de autismo. Ele sugere que essa triagem seja instituída no Brasil pelo Ministério da Saúde com ajuda da Sociedade Brasileira de Psiquiatria.

— A velocidade na melhora clínica de crianças abaixo de quatro anos é muito maior se comparamos com as que iniciam tratamento aos seis anos — diz Camargos, como resultado da observação dele e sua equipe. Ele acrescenta que já há levantamento indicando que cerca de 90% das crianças diagnosticadas como autistas aos dois anos de idade mantêm tal diagnóstico posteriormente.

A maioria das suspeitas ocorre entre dois e três anos. Mas as razões disso, na visão de Camargos, decorrem da resistência das famílias em "ver problemas nos filhos", da falta de experiência prévia com criança de desenvolvimento normal, e porque os pediatras e as equipes do Programa de Saúde da Família não foram treinados para identificar os atrasos característicos do TEA nessa idade.

— Os pediatras dominam bem o desenvolvimento sensório motor, mas não os aspectos emocionais e cognitivos. Isso explica o porquê de eles identificarem facilmente atraso na fala, mas não na comunicação, como olhar, mudança da mímica em uma brincadeira, apontar, não responder quando chamado pelo nome, etc. Eles só identificam atrasos instalados em sua plenitude — explica Camargos, em artigo na revista Autismo. Essa realidade mostra a importância da capacitação dos médicos e das equipes multidisciplinares. O psiquiatra salienta que os bebês com TEA podem ter comportamentos normais, mas em quantidade muito menor. Ele lista alguns sinais que devem despertar a atenção dos pais e dos cuidadores e que podem ser facilmente vistos nos bebês. Um deles é olhar menos para a mãe e outras pessoas em momentos como o da amamentação e higiene pessoal.

Mas há vários outros, como não acompanhar com o olhar a movimentação da mãe, mas deterem-se em objetos; rejeitar aconchego físico, demonstrando sentirem-se melhor no berço quando ficam sozinhos; não se reconhecerem pelo som dos seus nomes a partir dos cinco meses; não apontar o que querem por volta dos oito meses e não apontar para partilharem interesses por volta de um ano; além de a geralmente não surgir na quantidade esperada (veja Saiba mais).

segunda-feira, novembro 22

VERGONHA NACIONAL

Vídeo mostra agressão a criança autista em clínica de Vitória (ES)
Funcionária deve responder por lesão corporal

...Uma funcionária de uma clínica em Vitória (ES) é suspeita de agredir um menino de 9 anos portador de necessidades especiais. As imagens mostram a mulher dando tapas e beliscões na criança.


A criança é autista e, desde julho do ano passado, frequenta a clínica especializada. O vídeo mostra a funcionária impaciente e agressiva. Ela dá tapas no rosto, empurrões, puxões de orelha e beliscões na criança. A suspeita deve responder por lesão corporal.


Assista à reportagem:



segunda-feira, novembro 15

Cientistas brasileiros fazem descoberta sobre o autismo

                                        
   Materia exibida pelo Jornal Nacional - Edição do dia 11/11/2010
Eles conseguiram transformar neurônios de portadores de um tipo de autismo em células saudáveis.

Os cientistas brasileiros Alysson Muotri, Cassiano Carromeu e Maria Carolina Marchetto conseguiram, pela primeira vez, transformar em células saudáveis neurônios de portadores de um tipo de autismo.



Os três, que trabalham nos Estados Unidos, reprogramaram as células humanas em laboratório.


O autismo é uma disfunção que afeta a capacidade de comunicação, a capacidade motora e de relacionamento do ser humano. O estudo vai ser publicado na próxima edição da revista Cell.
Acesse o link e veja a reportagem completa:


http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1374229-7823-ESTUDO+ANALISA+O+COMPORTAMENTO+CEREBRAL+DO+AUTISMO,00.html

segunda-feira, novembro 8

Banda australiana Rudely Interrupted

Gente vejam essa banda australiana Rudely Interrupted.
Abaixo segue uma pequena apresentação da banda (adaptada de uma linguagem muito preconceituosa no original, por sorte o som da banda é muito melhor do que seus críticos..)e um clipe que está no YouTube..


O vocalista, Rory Burnside tem Síndrome de Asperger. Marcus Stone, o tecladista, além de Asperger tem apenas 20% da capacidade auditiva. A percussionista Connie Kirkpatrick tem Síndrome de Down e é cega. O único membro da banda que não é deficiente é o terapeuta musical Rohan Brooks, que teve a idéia da banda para ajudar seus pacientes. E o Rudely Interrupted é muito melhor do que várias bandas que temos por aí. Ouça o som deles e você verá que eles são realmente contagiantes.`
É por isso que sempre digo: Nós podemos muito, nós podemos mais....


Abraços
Vilma Araújo