Pensando um Segundo...

... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.

Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "

Abraços

Vilma Candido



terça-feira, novembro 23

Cientistas usam robô para estimular crianças autistas

   Robô Nao é capaz de fazer movimentos de Tai Chi Chuan acompanhado de música

      Pesquisadores do Centro de Saúde, Intervenção e Prevenção (CHIP) da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, estão tentando descobrir se um pequeno robô pode melhorar as habilidades motoras e de comunicação de crianças com espectro autista (ASD).
      Anjana Bhat, professora de cinesiologia (ciência que estuda os movimentos) da Escola de Educação Neag, recebeu uma bolsa de dois anos do Instituto Nacional de Saúde mental (NIMH) para desenvolver uma série de interações entre crianças e robôs.
Durante seu pós-doutorado em autismo, Anjana estudou a deficiência motora em crianças com autismo, como má coordenação motora, equilíbrio e a dificuldade de imitar movimentos complexos.
       Ela ficou interessada pelo assunto porque pesquisas sugerem que deficiências nessas áreas contribuem para dificuldades de comunicação em crianças com autismo.
Anjana e sua equipe compraram um robô de 58cm chamado Nao da empresa francesa Aldebaran Robotics. O robô se apresenta, estende sua mão para cumprimentar, avisa às crianças que gosta de brincar com elas e se curva.
      Nao também é capaz de fazer movimentos de Tai Chi Chuan acompanhado de música. Mas o mais importante para os pesquisadores é que ele pode ser programado para tornar seus movimentos mais complicados ao longo do tempo, à medida que as crianças obtêm progressos na terapia.
           A pesquisadora começou a usar o robô em sessões com crianças em seu laboratório. Na primeira parte do estudo, os cientistas irão estudar cinco crianças com autismo e outras 16 saudáveis, para interagir com Nao em oito sessões separadas. Em cada uma delas, as crianças terão de imitar quatro ou cinco movimentos do robô.
Segundo Anjana, as crianças com autismo se sentem mais à vontade com robôs do que com outras pessoas, no começo, porque as interações são mais simples e mais previsíveis, e elas controlam a interação social.
           Segundo a pesquisadora, “os robôs encorajam as crianças a participar de interações que envolvem todo o corpo”. Ela explica que crianças com ASD geralmente gostam de brincar com Nao e reagem com atitudes de imitação com uma certa demora quando interagem com outras pessoas.
       A pesquisadora diz que os robôs poderão ser usados como intermediários entre terapeutas e crianças com ASD até que uma conexão seja feita.
      Futuramente, robôs poderão gravar vídeos e dados dos movimentos das crianças, reduzindo os recursos humanos necessários para avaliar e tratar as crianças.

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