André Felinto, aluno do curso de João Pessoa, conquistou o 1º emprego
A primeira pessoa com autismo acaba de ser inserida no mercado de trabalho na Paraíba. Através do projeto Inclusão Digital e Produtiva de Pessoas com e sem Deficiência de João Pessoa. André Felinto, autista, 22 anos, assim que se matriculou no curso de capacitação externou à equipe de coordenação do projeto, que seu maior sonho era conseguir primeiro emprego.
Segundo, Eliná Felinto, mãe do aluno, mesmo sendo autista, conseguiu completar o ensino médio. Devido à grande oportunidade que o Instituto está proporcionando, André também terá a chance de ter uma profissão e ser incluído na sociedade. “Ele, sempre foi muito inteligente, mas as características do autismo sempre interferiram no seu relacionamento com as pessoas”, comenta Eliná.
Matriculado nos cursos de Auxiliar Administrativo e Informática, esse paraibano morador do bairro de Bancários, localizado a 17 quilômetros do curso, desde muito cedo convive com as adversidades. Além do autismo, possui deficiência física e caminha com dificuldades. André sabe que a capacitação pode abrir portas, por isso não perdeu a oportunidade de participar do projeto. “Eu acreditava que os cursos iriam me dar melhores condições de entrar no mercado de trabalho”, afirma.
De acordo com o assistente administrativo do Carrefour, Suênia Soares, a empresa atualmente conta com 305 funcionários e mantém uma política de inclusão de pessoas com deficiência, contratando sempre acima dos 2% estipulados pela Lei de Cotas. “A loja emprega pessoas com deficiência há mais de cinco anos e os trata como qualquer funcionário, sem fazer distinção. Trabalhar com uma pessoa com autismo, será um desafio satisfatório para nossa equipe”, ressalta.
Assim como André, os alunos Claudio José de Lima e Érica Nogueira de Sousa, ambos com deficiência intelectual, também foram contratados pela rede de supermercados Carrefour, estabelecendo uma parceria de sucesso.
Até o final deste ano, a iniciativa capacitará cerca de 1000 pessoas na Paraíba, sendo 400 em Campina Grande e 600 em João Pessoa. O projeto é uma iniciativa do Instituto Muito Especial, com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia e o FIEP-Senai e pretende melhorar a formação profissional, difundir o conceito de inclusão social, tecnologia assistiva, e o conceito de legislação relacionada à pessoa com deficiência.