Pensando um Segundo...

... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.

Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "

Abraços

Vilma Candido



sexta-feira, julho 29

Primeira pessoa com AUTISMO é inserida no mercado de trabalho na Paraíba

André Felinto, aluno do curso de João Pessoa, conquistou o 1º emprego


           A primeira pessoa com autismo acaba de ser inserida no mercado de trabalho na Paraíba. Através do projeto Inclusão Digital e Produtiva de Pessoas com e sem Deficiência de João Pessoa. André Felinto, autista, 22 anos, assim que se matriculou no curso de capacitação externou à equipe de coordenação do projeto, que seu maior sonho era conseguir primeiro emprego.
         Segundo, Eliná Felinto, mãe do aluno, mesmo sendo autista, conseguiu completar o ensino médio. Devido à grande oportunidade que o Instituto está proporcionando, André também terá a chance de ter uma profissão e ser incluído na sociedade. “Ele, sempre foi muito inteligente, mas as características do autismo sempre interferiram no seu relacionamento com as pessoas”, comenta Eliná.
         Matriculado nos cursos de Auxiliar Administrativo e Informática, esse paraibano morador do bairro de Bancários, localizado a 17 quilômetros do curso, desde muito cedo convive com as adversidades. Além do autismo, possui deficiência física e caminha com dificuldades. André sabe que a capacitação pode abrir portas, por isso não perdeu a oportunidade de participar do projeto. “Eu acreditava que os cursos iriam me dar melhores condições de entrar no mercado de trabalho”, afirma.
        De acordo com o assistente administrativo do Carrefour, Suênia Soares, a empresa atualmente conta com 305 funcionários e mantém uma política de inclusão de pessoas com deficiência, contratando sempre acima dos 2% estipulados pela Lei de Cotas. “A loja emprega pessoas com deficiência há mais de cinco anos e os trata como qualquer funcionário, sem fazer distinção. Trabalhar com uma pessoa com autismo, será um desafio satisfatório para nossa equipe”, ressalta.
      Assim como André, os alunos Claudio José de Lima e Érica Nogueira de Sousa, ambos com deficiência intelectual, também foram contratados pela rede de supermercados Carrefour, estabelecendo uma parceria de sucesso.
      Até o final deste ano, a iniciativa capacitará cerca de 1000 pessoas na Paraíba, sendo 400 em Campina Grande e 600 em João Pessoa. O projeto é uma iniciativa do Instituto Muito Especial, com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia e o FIEP-Senai e pretende melhorar a formação profissional, difundir o conceito de inclusão social, tecnologia assistiva, e o conceito de legislação relacionada à pessoa com deficiência.





Criança Esperança filma a história de Jobson, um autista salvo pela música

Amigos, conheci Jobson Maia ano passado, na casa dele em Natal, e foi um dos momentos mais emocionantes da miha vida. Poder conversar um um jovem autista, saber das suas anguntias, aflições e alegrias, foi uma experiencia ímpar. Principalmente quando perguntei para ele o porquê dele querer sempre, na infância, ficar sozinho, e ele rapidamente me disse:
- Por que eu gostava, criança pequena faz muito barulho e isso me incomodava.
É de fato, a maior informação que eu precisava saber, não que crianças pequenas fazem barulhos, mas que crianças autistas tem consciencias dos fatos, sabem o que está se passando e isso, foi uma lição de vida e de perseverança para mim. Saí da casa dele, flutuando, confiante de que nossos filhos são o que são, como são, mas não menos importante, não menos capaz, não menos terreno que nós. Obrigada Jobson, pela lição que você me deu , obrigada Deus por mais uma oportunidade de aprendizado.

Vejam abaixo, a história das gravações para o criança esperança 2011
                 “Quando fiz o primeiro filme para o Criança Esperança, senti que algo mudou em minha vida. Senti que alguém tentava me dizer algo, mas não com palavras, com gestos ou coisas de televisão. Demorou um tempo para eu entender. Eu, que trabalho em um veículo de comunicação que fala para o mundo inteiro, perguntei a mim mesmo: por que eu? E, nesse momento, a gente sempre faz a mesma pergunta. Por que nós? Por que aqui em Natal? Por que aqui com vocês? Talvez a gente nunca saiba responder. Mas sabe que é porque vocês são pessoas especiais. O importante é que estamos aqui para ouvir o que vocês têm a dizer de mais íntimo. Vamos entender a história do Jobson, sabendo que essas palavras vão para o ouvido de outros pais. Respeitamos muito vocês e estamos muito agradecidos.”


                  Foi com essas palavras de carinho e conforto que o diretor Emerson Muzeli deu início à entrevista com os pais de Jobson Maia, um autista que foi salvo pelo amor e pela música de Roberto Carlos. Ademilson e Lourdes receberam em sua casa, em Natal, a equipe do Criança Esperança que está viajando por todas as regiões do Brasil, para contar e reconstruir a história de superação da família Maia. Além das conversas com o casal, foram registradas na capital do Rio Grande do Norte cenas que retratam diversas fases da vida do personagem principal, com direito a atores locais e um show no Teatro Alberto Maranhão para fechar o filme com chave de ouro.
             “Participar do Criança Esperança era um sonho que eu tinha. Gravei muitas cenas que representam a história da minha vida atual e também de antigamente. O ator mirim representou minha infância. Me deixou um pouco emocionado. No show, canto muitas músicas bonitas de Roberto Carlos. Minha paixão por ele começou aos três anos de idade, quando ouvi pela primeira vez e fui aumentar o volume para ouvir melhor. Fiz pesquisas por discos, revistas, livros, tudo. A música me ajudou a superar as barreiras”, disse Jobson entre uma cena e outra.

             O momento em que o menino gira o botão do rádio do carro do pai para ouvir Roberto Carlos é um dos pontos altos da vida da família Maia e do vídeo dirigido por Muzeli. Jobson nasceu em 1978, mas ele, o pai e a mãe levaram três anos numa peregrinação de médico em médico para descobrir porque o filho não falava, andava ou respondia a estímulos. Pouca gente sabia o que era autismo.

           “Muita gente dizia que estávamos gastando dinheiro e que aquilo não tinha cura. Mas a fé da gente era maior do que o que o povo estava falando”, contou dona Lourdes.

            Companheira no dia a dia de Jobson, a mãe passou por muito constrangimento e humilhação nas ruas de Natal. Lourdes se emocionou ao lembrar do momento em que um senhor, dentro de um ônibus no qual o menino não queria entrar nem sair, colocou a mão em Jobson e disse: “Seu filho vai ser curado.”

          “Aquele momento foi muito forte. Normalmente as pessoas ignoravam, porque não entendiam. Quem conviveu mais com as pessoas xingando fui eu”, desabafou.

            Ademilson lembrou da dificuldade que era para encontrar escola que aceitasse Jobson como aluno. O pai chegou a entrar em sala para pedir compreensão e solidariedade aos coleguinhas do seu filho e precisou falar o que muitas diretoras preferem não ouvir. Certa vez, ao receber uma negativa dentro de uma instituição de ensino católica, questionou se a diretora era mesmo uma representante de Deus. E olha que fé é a palavra de ordem dos religiosos Maia.


            “Vontade de bater nos outros, eu não tinha porque minha dimensão de amor é muito grande. Gritei muitas vezes (para desabafar). Chamavam Jobson de louco, mas isso jamais nos impediu de levá-lo a todos os lugares”, disse Ademilson. “Nos colégios era assim, como também nos restaurantes e nas praças. A gente começou a ter medo de tudo. Aí é que veio a reação de querermos transformar isso.”
                    Ademilson e Loudes investiram no tratamento de Jobson e estimularam sua paixão pela música. O menino ganhou um violão e, mais velho um pouco, conquistou o teclado, equipamento necessário para seus shows. Jobson estudou música, passou a sair sozinho para fazer pesquisas em sebos e, hoje, não está mais “em outro mundo”, como costumam dizer que vivem os autistas. Jobson conversa, conta casos, lembra de detalhes de diversos discos e faz shows de uma hora só com sucessos de Roberto Carlos. A música que conduz toda essa história, e mais detalhes sobre ela, você vai ver no show do Criança Esperança, no dia 20 de agosto.
Postagem retirada do blog prática-pedagogica.blogspot.com

quarta-feira, julho 27

Letra cursiva

Meu príncipe está com uma letra muito bonitinha, organizada, mas escreve sempre com letra "garrafal". Nessa foto ele escreveu o primeiro nome dele na areia com o dedão do pé. Resolvi ensiná-lo a escrever o nome dele com letra cursiva para que podesse assinar seus futuros documentos...
Há dois dias que estou usando um caderno de caligrafia só para treinar o nome dele.
Escrevi todo o nome dele com letra cursiva e mostrei a ele, depois escrevi abaixo junto com ele(pegando na mão) e agora mando ele escrever sozinho, olhando para o modelo. Isso só faz 2 dias.
Hoje cheguei na escola dele para pegá-lo e a professora disse:
_ José está escrevendo o nome dele com letra cursiva! Você está treinando com ele em casa?!!
Fiquei muito feliz, pois na escola ele fez sem modelo e só faz 2 dias que estamos treinando!
Depois coloco aqui a foto do escrito.
Que menino espertinho!
Obrigadão Senhor!

segunda-feira, julho 4

Novas conquistas!!!

Amigas(os) venho hoje dividir com vcs mais uma vitória do meu filho. Ontem fui com ele ao parque de diversão e ele ao ver a Montanha Russa ficou querendo ir. Tive medo de levá-lo(eu também morro de medo de montanha russa), mas percebi que ele estava mesmo querendo ir. Criei coragem e fui com ele. Ele não esbolçou cara de nenhum sentimento, nem medo, nem alegria, estava lá sério, só alhando para todos os lados. Eu é quem estava morrendo de medo kkk.Quando parou, ele desceu normalmente e não disse nada. Fiquei sem saber se ele havia gostado.Fomos para outros brinquedos e eu, inquieta, resolvi testá-lo para saber se ele havia mesmo gostado. Levei-o novamente até a frente da montanha russa e disse: - vc quer ir de novo e ele foi logo se dirigindo para a entrada. Conclusão: acho que gostou, estava apenas deslumbrado-se com o novo.
 
Hoje, resolvi testá-lo novamente. Como ele gosta do filme Carros, levei-o ao cinema para assistir CARROS 2. Tentar, pelo menos, que ele conhecesse o cinema e, para minha surpresa ele assistiu todo o filme concentradíssimo,durante o filme ele dizia CARROS 2. Levantou-se apenas uma vez para olhar p trás, Acho que para conhecer o ambiente. O som do cinema estava altíssimo e mesmo assim ele nem se incomodou.
 
 
Estou muiiiito feliz com ele.
 
Obrigada Deus!