Pensando um Segundo...

... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.

Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "

Abraços

Vilma Candido



quarta-feira, julho 28

Mãe diz ter sido agredida por controlar filho autista

A proibição de castigos físicos em crianças e adolescentes ainda é um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional. Mas, além da polêmica que suscita, também já vem servindo de justificativa para atos de intolerância e para mascarar a falta de conhecimento. A vítima, a mãe de uma criança autista, foi agredida dentro de um ônibus, enquanto tentava conter o surto da criança de 11 anos.

O caso ocorreu na última terça-feira, dia 20, quando a dona de casa Geisa de Oliveira Sapucaia, 37, levava o filho, de 11 anos, para uma consulta odontológica. O problema dentário, que perdura há um ano, tem deixado a criança irritada e menos acessível à imposição de limites.

Geisa, que mora em Simões Filho- Bahia, estava num coletivo a caminho do Itaigara, quando o menino começou a tentar arrancar a lâmpada do ônibus. “Tive que contê-lo. Nós, mães de autistas, sabemos como fazer isso sem deixar marcas porque somos instruídas no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) e na AMA (Associação de Amigos do Autismo da Bahia)”, diz Geisa. Uma passageira, contudo, desconhecia a situação e revoltou-se. “Você é uma mãe vagabunda. Vá procurar ajuda. Dê a criança para o Conselho Tutelar ”, teria dito a mulher, instigando os demais passageiros – duas pessoas que a acompanhavam e o cobrador.

Geisa admite que ficou nervosa e revidou com xingamentos. Foi então que, segundo seu relato, o cobrador e um passageiro a seguraram e a agressora, de nome Valdineia de Jesus Afonso, de acordo com registro policial, e sua prima, passaram a bater em Geisa. Ela conta que a sessão de chutes e tapas durou cerca de 15 minutos. O motorista teria se mantido impassível fazendo o trajeto do ônibus. “Quase fui linchada. Recebi chutes nas costas e cabeça, tamancada no rosto. Consegui forças para sair da situação. Foi quando me soltei e corri para o motorista”, conta Geisa, mostrando hematomas na cabeça e dizendo estar com dor na nuca, fruto das agressões físicas.

O grupo parou na Delegacia de Crimes Econômicos e contra a Administração Pública (Piatã), sendo conduzido por agentes da unidade para a 12ª Delegacia (Itapuã), onde foi registrada a ocorrência e o delegado Jorge Braz expediu a guia para exame médico-legal da mãe e da criança.

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