Pensando um Segundo...

... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.

Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "

Abraços

Vilma Candido



sábado, maio 5

A inclusão que ensina


Matheus Santana da Silva, 14 anos, autista, estuda numa turma regular de escola pública em São Paulo desde a 1ª série. A história dele é a prova de que, apesar das dificuldades, incluir crianças com necessidades especiais beneficia a todos.


"Matheus chegou para mim na 1ª série. Eu tinha 42 alunos, e ele já estava com 7 anos completos e só falava o próprio nome. Era agressivo, agitado e não queria ficar na sala. Eu não fazia ideia do que era autismo. Então, no primeiro dia de aula, foi uma surpresa."

O relato é da professora Hellen Beatriz Figueiredo, da rede pública municipal de São Paulo, mas poderia ser de um educador de qualquer sala de aula do Brasil. Desde 2008, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva determina que todos os alunos com necessidades educacionais especiais sejam matriculados em turmas regulares. A Educação Especial passou a ser oferecida apenas como um complemento no contraturno. Na prática, isso significou a matrícula só no ano passado de 375.775 alunos com deficiência em salas regulares, regidas por educadores que, muitas vezes, não se sentem preparados para lidar com a situação. Exatamente como aconteceu com Hellen em 2003, quando acolheu Matheus Santana da Silva.
Naquele tempo, apesar de a lei determinar a inclusão, imperava uma visão integracionista. Uma criança com deficiência só permanecia numa sala regular se acompanhasse o ritmo da turma. Hellen poderia ter alegado que Matheus não aprendia como os demais. Seria mais fácil desistir do aluno autista que fugia da sala a toda hora, mas ela escolheu o caminho mais difícil, o de incluí-lo. Ambos saíram ganhando.

Hoje, aos 14 anos, Matheus cursa a 7ª série na EMEF Coronel Hélio Franco Chaves, na capital paulista. Adora ler, resolve expressões matemáticas com letras e números e navega na internet. Tem muitos amigos e aprendeu o significado de emoções como orgulho e felicidade - uma vitória para um autista. Hellen, por seu lado, fez vários cursos sobre autismo, escreveu sua monografia da graduação em Pedagogia sobre inclusão e hoje integra a Diretoria de Educação de um dos Centros de Formação e Acompanhamento à Inclusão (Cefai) da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. A história dos dois simboliza a mudança de mentalidade já em curso em muitas escolas públicas e particulares espalhadas pelo país.
  

Romper com as velhas ideias


 SETE ANOS DE AVANÇOS
 Foto Marcelo Min.No início,  Matheus só sabia dizer o próprio  nome e hoje participa de diversas  atividades da 7ª série.  

Durante séculos, o mundo tratou as crianças com deficiência como doentes que precisavam de atendimento médico, não de Educação. Essa perspectiva começou a mudar na década de 1950 (veja a linha do tempo nas próximas páginas). Mas foi só nos anos 1990 que as velhas ideias assistenciais foram suplantadas pela tese da inclusão. Procurava-se garantir o acesso de todos à Educação. Documentos como a Declaração Mundial de Educação para Todos, de 1990, e a Declaração de Salamanca, de 1994, são marcos desse movimento.

O rompimento com práticas e conceitos antigos marcou também o início do trabalho de Hellen. Ela sabia que precisaria inovar se quisesse que Matheus aprendesse. E o primeiro desafio era mantê-lo em sala. "Passei a iniciar as aulas do lado de fora. Todos os dias eu cantava, lia histórias ou sugeria alguma atividade que estimulasse a alfabetização ou outro aprendizado", lembra. "Era uma forma de ensinar o conteúdo, promover a integração entre as crianças e atrair o Matheus para a classe."

Para lidar com as fugas repentinas para o bebedouro - onde Matheus se acalmava mexendo na água -, a professora ensinou-o a pedir para sair. Mostrava, a cada fuga, que ele podia bater com a caneca na carteira quando quisesse beber água. "Um dia, ele bateu a caneca e permaneceu sentado, esperando a minha reação," conta a professora Hellen. "Percebi que ele tinha aprendido." Para a psicopedagoga Daniela Alonso, consultora na área de inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10, Hellen acertou em cheio: "Pensar nas diferenças implica oferecer variadas intervenções. Os caminhos da inclusão para atender à diversidade costumam sempre beneficiar todos e melhorar a qualidade do ensino."

Antes de entrar na escola em que está até hoje, Matheus rodou por três outras sem se encontrar. Na primeira, particular, a direção não soube lidar com ele. A mãe, Lindinalva Santana, tentou uma escola especial, mas em pouco tempo concluiu que o filho não estava aprendendo. Partiu para a matrícula numa EMEI indicada pela fonoaudióloga que atende Matheus desde pequeno. Diante do histórico apresentado quando Matheus chegou à escola de Ensino Fundamental, Hellen imaginou que ele poderia ter aprendido alguma coisa. "Eu o observava durante as aulas de leitura e o jeito como ele manuseava o livro, mexia a boca e colocava os dedos sobre as palavras e frases me fez perceber que ele sabia ler."

Como o garoto não falava, Hellen encontrou um meio de testá-lo. "Escrevi com letra bastão em tiras de papel o nome de dez objetos. Misturei todas e pedi que ele pegasse só a que correspondia ao objeto que eu citava." Na primeira tentativa, Matheus não prestou atenção e pegou qualquer palavra. Hellen insistiu e ele acertou. "Achei que pudesse ser coincidência e continuei, inclusive com frases inteiras, e ele acertou tudo. Depois disso, não dei mais sossego para o Matheus", lembra a professora. Daniela Alonso diz que descobrir as competências dos estudantes é o caminho. "Antes, focávamos as dificuldades. O professor queria checar o que eles não sabiam, valorizando as diferenças pelas 'falhas'. Hoje, devemos sondar o que cada um conhece para determinar como pode contribuir com o coletivo", explica.

Matheus deixou para trás a trajetória errante na Educação Especial, seguindo o mesmo caminho das políticas públicas brasileiras. O país apostou, em 2001, na inclusão. Nesse ano, começou a ser divulgada a lei aprovada em 1989 e regulamentada em 1999 que obrigava as escolas a aceitar as matrículas de crianças com necessidades especiais e transformava em crime a recusa a esse direito. Desde então, começou a aumentar o número de estudantes com deficiência nas salas regulares. De 81.344 naquele ano, ele saltou para 110.704 em 2002 e nunca mais parou de crescer. O Brasil, porém, estava ainda longe de assumir a inclusão como um fato consumado. As salas especiais eram muito mais numerosas, com 323.399 matrículas em 2001 e 337.897 em 2002.


Meios de levar o aluno a aprender


 VELHOS AMIGOS 
Permanecer na  mesma turma desde a 3ª série foi  fundamental para garantir a  evolução de Matheus.  Foto Marcelo Min 

As salas especiais se mantiveram porque os professores não se achavam preparados, as escolas não tinham a estrutura necessária e os grupos de defesa dos direitos das pessoas com deficiência duvidavam da inclusão. Até que, em 2008, após anos de debates, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva acabou com a escolha entre ensino regular e especial (leia o quadro acima).

A nova política começou a mudar os padrões ao definir com clareza como deve ser oferecida a Educação para todos os que têm deficiência. Não por acaso, nesse mesmo ano, pela primeira vez, o número de alunos com necessidades especiais no ensino regular superou o de matriculados em salas especiais (
 veja o gráfico).



Na sala da professora Hellen, o desafio no primeiro ano de Matheus era outro: mudar o padrão de comportamento do aluno autista que insistia em não se comunicar com ninguém. Ele sabia ler e precisava falar, se expressar. Assim como fazia com toda a turma, Hellen o incentivava a ler as histórias e conversar sobre elas. No início, o garoto apenas repetia respostas e isso já era uma vitória. Mas ela queria que Matheus se comunicasse espontaneamente. Durante a chamada, a professora Hellen sempre fazia uma pausa após o nome dele, na esperança de ouvir a resposta. Nada acontecia. Até que um dia, para a surpresa de todos, ele disse "presente". "A turma inteira bateu palmas. A partir desse momento, ele começou a se comunicar, a dizer o que queria."

Graças à conquista da comunicação, Hellen passou a contar cada vez mais com a participação de Matheus. Assim, descobriu outras possibilidades, estudou, trocou experiências com colegas, observou e avaliou a interação do menino com as propostas que fazia e, assim, organizou diferentes atividades para que ele pudesse aprender ainda mais. No fim da 1ª série, Matheus já escrevia, ainda que tivesse dificuldade para controlar o tamanho da letra. 
 

No ano seguinte, porém, vários colegas com quem Matheus estudava saíram da sala. A nova professora também não se sentia segura para incluir o aluno. Matheus se sentiu perdido e regrediu. Parou de ler e de escrever, voltou a ser agressivo e a abandonar a sala de aula. Em lugar de ir para o bebedouro, porém, ele se refugiava na turma de Hellen. Aquela professora da 2ª série sofria com as mesmas dúvidas que até hoje desanimam muitos colegas (conheça, no quadro abaixo, programas de formação na área).

Por que incluir? Será que as crianças com deficiência não aprendem mais em classes separadas, com professores especializados e dedicados apenas às necessidades delas? Quem responde é Maria Teresa Eglér Mantoan, docente da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e uma das pioneiras no estudo da inclusão no Brasil: "A escola regular é mais desafiadora e um ambiente desafiador é mais propício ao aprendizado".

Não apenas as crianças com deficiência são mais desafiadas. Os outros alunos também ganham muito com a inclusão. A flexibilização de recursos pode ajudar todos a aprender mais. Se o educador utiliza um modelo em 3D para ensinar o Sistema Solar, por exemplo, não só os que têm deficiência auditiva avançam mais mas também toda a classe tem acesso a um recurso que facilita a compreensão do conteúdo. "O professor que está preparado para a inclusão está preparado para atender todas as crianças", diz Cláudia Pereira Dutra, secretária de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC). "A inclusão obriga o sistema educacional a se repensar, a descobrir novas formas de ensinar", completa Maria Teresa. "Muda o entendimento do que é aprendizagem."
Novas posturas, novas aprendizagens


DUPLA AFINADA 
Matheus com Hellen (à esq.) e Márcia,  as professoras que mais contribuíram para a inclusão  dele na escola. Foto Marcelo Min 

O histórico da inclusão de Matheus obrigou a EMEF Coronel Hélio Franco Chaves a se repensar. Depois dos avanços na 1ª série e dos retrocessos na 2ª, a direção da escola tomou uma decisão: a partir daquele ano, a turma de Matheus o acompanharia até o fim do Ensino Fundamental. A então professora da 3ª série, Márcia Maria Batista Martinelli, por sua vez, assumiu a responsabilidade por recuperar os avanços que Matheus já havia conquistado.

Ela e Hellen conversavam diariamente sobre possíveis flexibilizações. Como Hellen ocupava a mesma sala em período diferente, Márcia às vezes deixava recados no quadro para a colega. Certo dia, ela flagrou Matheus lendo um desses bilhetes e descobriu como incentivá-lo a escrever novamente: mandar cartas para a antiga professora. Na primeira, Matheus escreveu: "Oi, estou na 3ª série com a professora Márcia". No dia seguinte, ele encontrou a resposta de Hellen, que estrategicamente questionava o que ele estava aprendendo. A troca de mensagens se intensificou e Matheus nunca mais deixou de escrever.

Márcia também aproveitou a grande capacidade de memorização - ele sabe as letras e os números da placa do carro de todos os professores - para ensinar operações matemáticas. Na aula de Geografia, certa vez, usou uma viagem que o garoto faria com os pais para Pernambuco para ensiná-lo a utilizar o mapa. Assim, aproveitando o potencial dele a cada descoberta, Márcia foi a segunda professora a fazer diferença na vida do jovem. Hoje na 7ª série, o menino autista não se incomoda com o vaivém de professores.

Dentro de suas capacidades, participa de tudo, mesmo que o conteúdo nem sempre seja o mesmo abordado com o restante da turma. "Para o aluno com necessidades educacionais especiais, não há necessariamente aprendizagem em série. Ele pode estar integrado com o grupo em alguns aspectos do desenvolvimento e necessitar de outras estratégias", explica Daniela Alonso.

A mãe de Matheus, que todos os professores não se cansam de elogiar pela sólida aliança com a escola, sempre soube que o filho se sairia bem. Uma das maiores emoções da vida dela foi sentida durante uma festa de Dia das Mães, quando ele recitou uma poesia na frente de todos os convidados na escola. "Por causa das dificuldades que tem na fala, eu não consegui entender muita coisa, mas ver meu filho ali, lendo aquele texto em voz alta ao microfone, foi meu melhor presente", afirma Lindinalva.





sábado, abril 7

Senado Federal aprova aposentadoria especial para pessoas com deficiência


Por unanimidade, o Senado Federal aprovou, na tarde desta terça-feira (03/04), o Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 40/2010, que concede aposentadoria especial para pessoas com deficiência. A proposta que é de autoria do atual vereador de Belo Horizonte Leonardo Mattos (PV), ex-deputado federal, agora segue para votação final na Câmara Federal.
Em 2005, o então deputado federal Leonardo Mattos apresentou o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 277/2005, reduzindo o tempo de contribuição e a idade mínima para aposentadoria da pessoa com deficiência. A proposta regulamenta o artigo 201, §1º da Constituição Federal, que cria a possibilidade de diferenciação na concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social para os segurados com deficiência. Após ser aprovado na Câmara Federal em 2010, o projeto recebeu o nome de PLC 40/2010.
Desde 2009, Mattos realiza vários encontros com representantes do Legislativo e do Executivo para convencer o Governo da importância do benefício para o segmento. “Com ele vamos melhorar, consideravelmente, a qualidade de vida das pessoas com deficiência.”, explicou.
De acordo o Censo 2000 do IBGE, existem cerca de 24,6 milhões de brasileiros com deficiência. Para Leonardo Mattos o projeto cumpre a máxima de que todos são iguais perante a lei, tratando de forma igual aqueles que são iguais e de forma desigual os desiguais.
O Parlamentar afirmou que atualmente existem milhares de deficientes trabalhadores, os quais enfrentam diversas dificuldades diariamente, pois o trabalho das pessoas com deficiência é uma situação nova para a sociedade brasileira. “Até muito pouco tempo atrás nós eramos pensionistas e, agora, estamos sentindo o impacto da vida laborativa. Muitas pessoas com deficiência estão se sentindo na obrigação de aposentarem-se prematuramente por invalidez, pois não têm tempo de contribuição nem idade exigidos pela legislação”, destacou Mattos.
De acordo com a proposta aprovada, os deficientes poderão contribuir segundo o grau de deficiência:
•    Deficiência moderada:
-    27 anos para homens e 22 para mulheres (redução de 03 anos)
•    Deficiência grave:
-    25 anos para homens e 20 para mulheres (redução de 05 anos)
Aposentadoria por Idade 
•    Também poderá ser requisitada com cinco anos a menos que a idade exigida atualmente, que é 65 anos para homens e 60 para mulher.
-    Ambos deverão ter contribuído por um mínimo de 15 anos.
Tipo de deficiência que se enquadra na lei
•    Um regulamento especificará o grau de limitação física, mental, auditiva, intelectual ou sensorial, visual ou múltipla que classificará do segurado como pessoa com deficiência.
•    O regulamento também definirá em que grau (leve, moderada ou grave) cada deficiência será enquadrada.
-    Em todos os casos, o grau de deficiência será atestado por perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a cada cinco anos.
Renda mensal
•    A renda mensal das pessoas com deficiência aposentadas por tempo de contribuição será de 100% do salário de benefício;

•    No caso da aposentadoria por idade, o salário a receber será de, no mínimo, 70% mais 1% a cada doze meses de contribuição;
•    O segurado que houver contribuído mais receberá mais.
Palavras chaves: .


Retirado do site: leonardoomattos.com.br

quinta-feira, abril 5

Feliz Páscoa , feliz vida para todos nós...

terça-feira, abril 3

Obrigada a todos que se envolveram nessa campanha!

domingo, abril 1

2 de Abril

      
 Hoje pode até ser o dia da mentira, mas vou contar uma verdade:
       Amanhã será dia 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo. 
       Respeito é uma das grandes pedidas!!!

segunda-feira, março 26

2 de abril

          


 Dia 2 de abril, junte-se a nós: Vista-se de azul e abrace essa causa!!!
          Nossos filhos precisam ser respeitados. 

DIGNIDADE E CIDADANIA: Projeto de Lei Federal nº 1631/11





"A garantia e efetivação de nossos DIREITOS advém da CONSCIÊNCIA DE NOSSOS DEVERES!". É URGENTE que cada vez mais familiares, amigos, profissionais dedicadas a causa da pessoa com autismo se engajem nessa luta. Não haverá VITÓRIA sem a participação de todos, sem uma mudança de PARADIGMA, ou seja, não podemos esperar que os outros façam, é preciso que cada um dê sua contribuição. Para mim é uma honra poder lutar por meu filho e por tantos outros com autismo. É uma oportunidade de chamarmos a atenção da sociedade para os IMENSOS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS DE UMA PESSOA COM AUTISMO e, o quanto é importante que todos, TODOS, façamos alguma coisa para tornar o país em que vivemos capaz de RECEBER, ACOLHER E TRATAR as pessoas com autismo ou qualquer outra síndrome ou deficiência. Quero agradecer o esforço de todos em promover a divulgação do Projeto de Lei Federal nº 1631/11, que trará DIGNIDADE E CIDADANIA a milhares e milhares de pessoas com autismo em nosso país. De Ulisses da C. Batista

2 de abril: DIA MUNDIAL DO AUTISMO





        Senhores governantes, mais um aniversário vem ai, já são 3 anos e nada foi feito. Faça-se cumprir a LEI Nº 8.756, DE 02 DE ABRIL DE 2009 que Institui o Sistema Estadual Integrado de Atendimento a Pessoa Autista e da outras Providencias do Estado da Paraíba. Nossos filhos aguardam e os seus?

segunda-feira, março 19

Às vezes eu choro...



               Hoje olhando para meu filho Lourenço Segundo, pensei nas outras pessoas que não tiveram a oportunidade de crescimento espiritual que nós pais especiais temos e resolvi escrever um pouco...
               Divido com vc meus pensamentos....
 


 Às vezes eu choro...
Choro por outras pessoas... tão cheias de si, tão determinadas, donas do próprio nariz,
tão cheias do nada...
Que tiveram e/ou não querem a oportunidade de ter um amor. Um amor de verdade, puro, sincero, sublime,
Um AMOR incondicional!
Atitudes puras...
Às vezes choro...
Choro por essas pessoas que desprezam, descriminam e batem no peito que é feliz.
Às vezes eu choro...
Choro por todo um mundo, tão besta, fútil, oco.
Mas, na grande maioria, eu SORRIO.
SORRIO e dou gargalhadas...
Tenho um coração AZUL.
Tenho um AMOR diferente! Sim, um amor diferente, especial! Sublime!!!!
Um AMOR que só se explica quando se vive-o.
Tenho um amor que me alimenta dia e noite. Tenho um AMOR que me faz bem a cada SEGUNDO da minha existência.
Vivamos muitos SEGUNDOS de verdadeiro AMOR.

sexta-feira, março 2

MP determina, mas Estado nega matrícula a aluno autista

Conselho Tutelar também solicitou matrícula, mas assim como MP, não foi atendido

   O senhor Josué Gomes da Silveira Filho (foto) procurou a reportagem do Portal WSCOM, na manhã desta sexta-feira, 2, para denunciar que o Governo do Estado, através da Secretaria de Educação, negou matrícula a seu filho, Adony Marques da Silveira, de 7 anos, que é portador de necessidades especiais, mesmo após solicitação do Conselho Tutelar e do Ministério Público Estadual.De acordo com Josué Gomes, seu filho Adony sofre de Transtorno Global de Desenvolvimento e traços de Autismo, sendo tratado na Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (FUNAD), por isso solicitou ao Estado, através do Ministério Público, uma vaga no Colégio Sesquicentenário, que fica quase em frente à FUNAD. Josué reside com o filho e a família no bairro do Treze de Maio.
A solicitação do Conselho Tutelar, Região Norte, foi feita diretamente ao Sesquicentenário, no dia 26 de janeiro, e diante da recusa do colégio de matricular o garoto, o senhor Josué procurou o Ministério Público.

Determinação do MP, que não foi cumprida (Crédito: Wscom)
             No dia 30 de janeiro, a promotora da Educação, Fabiana Lobo, encaminhou ofício ao secretário estadual de Educação, Afonso Celso Scocuglia, solicitando, no prazo de cinco dias, a abertura da vaga para o garoto Adony. No ofício, recebido pela secretaria no dia 03 de fevereiro, a promotora ressaltava que Adony é portador de necessidades especiais (autiofício negando a solicitação de Fabiana Lobo.
“Ao cumprimentá-la e em atenção ao ofício requisitando a efetivação da matrícula do aluno Adony Marques da Silveira, no Centro Estadual Experimental de Ensino-Aprendizagem Sesquicentenário, localizado nesta Capital, informamos-lhe que o ingresso de alunos naquele Centro se dá por meio de processo seletivo, motivo pelo qual lamentavelmente estamos impossibilitados de atender ao pleito requisitadosta).
No dia 14 de fevereiro, o secretário respondeu o diz o ofício recebido pela Promotoria da Educação no último dia 17 de fevereiro.

Secretaria nega pedido de matrícula (Crédito: Wscom)
          Após as negativas da Escola e da secretaria de Educação, o senhor Josué ficou indignado com a situação. Emocionado, o pai desabafou.
Como é difícil ser pai de uma criança especial, se meu filho fosse normal acredito que as pessoas, as autoridades as tratariam melhor e as coisas seriam mais fáceis”, disse.
“Eu estou indignado com o descaso das autoridades, pois meu filho é portador de necessidades especiais e por ser mais frágil, desprotegido merecia uma atenção maior. Mas, acontece justamente o contrário ele é desrespeitado por que quem deveria assegurar seus direitos”, acrescentou.
Retirado de
Marcos Wéric
WSCOM Online