Pensando um Segundo...

... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.

Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "

Abraços

Vilma Candido



quinta-feira, julho 2

COMO É SER IRMÃ DE AUTISTA

No começo tive ciúmes porque compravam tudo para ele, ele e ele... Me davam pouca atenção, organizaram uma salinha só para ele, tinha um monte de jogos.
Eu também não gostava porque ele não brincava comigo, tentava fazer brincadeiras de abraçar e nada.
Com o tempo, meu irmão evoluiu e melhorou a fala. Segundo hoje já brinca comigo de correr, fazer cócegas, pular na cama e nos pneus, já bamboleia a corda para eu pular.
É preciso conquistá-lo para brincar com ele.
Bem, até hoje, às vezes, tenho um pouco de ciúmes. Só que tenho até sorte de ter um irmãozinho autista. Os irmãos brigam muito uns com os outros, mas Segundo é amoroso, ele não bate!
Ele aprendeu a falar a palavra "abre" comigo!
Não fiquem tristes, pois um autista é como qualquer pessoa, dê um tempo para ele que ele irá te aceitar. Não desistam!
Beijos!
Bruna Araújo Candido - (9 anos e 10 meses)

segunda-feira, junho 29

Como fazer uma criança feliz verdadeiramente

Esteja lá. Diga sim sempre que possível. Deixe que eles batam tampas e panelas. Se eles são mau humorados, coloque-os na água. Se não são amáveis, ame você mesma. Perceba a importância de ser uma criança. Vá ao cinema de pijamas. Leia livro em voz alta e com prazer. Inventem prazeres juntos. Lembre-se como eles são pequenos. Dê muitas gargalhadas. Surpreenda-os. Diga não quando necessário. Ensine sentimentos. Cultive a criança que existe dentro de você. Aprenda como se tornar melhores pais. Abracem árvores juntos. Torne o amor seguro. Faça um bolo e coma-o sem as mãos. Saia a procura de elefantes e beije-os. Planeje a construção de um foguete. Imagine que você é mágico. Faça muitas cabanas com cobertores. Deixe seu anjo voar. Revele seus próprios sonhos. Procure pelo positivo. Mantenha o brilho no olhar. Mande cartas para Deus. Encoraje besteiras. Plante doces no seu jardim. Se abra. Pare de gritar. Expresse seu amor. Muito. Fale com gentileza. Pinte os seus sapatos. Manuseie com carinho. Crianças são extraordinárias.

Abraços. Vilma Candido

segunda-feira, junho 15

Dia da conscientização sobre o autismo

2 de Abril de 2009
Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo
Hoje, 2 de abril, é o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo! Quem me lembrou foi Simone Zelner, mãe do Gabriel. Em seu blog Meu Anjinho Gabriel e no desabafo Autismo não é sinônimo de frieza ou falta de carinho, ela compartilha diversas informações sobre o autismo e sua experiência como mãe de um garotinho, de 7 anos, com autismo.

A primeira vez que escutei a palavra autismo foi quando minha tia me deu o livro Dibs, em busca de si mesmo, que conta a história de um garotinho com autismo, dado como retardado mental pelos pais que não conseguem compreender o mundo do filho. Dibs não tem problemas mentais, pelo contrário, ele tem autismo com aspectos de genialidade que vem à tona com a ajuda de uma psicóloga.

O livro é ótimo e mostra como a compreensão, paciência e persistência fazem diferença na vida de uma criança com autismo. É bom ressaltar que nem todas as pessoas com autismo são gênios, como retratado no livro e no filme Rain Man, com Dustin Hoffman e Tom Cruise. Mas gênios ou não, o "remédio" é sempre o mesmo: amor, compreensão, dedicação, paciência e persistência, como mostra Simone e muitas outras mães que acreditam em seus filhos.

Vacina e Autismo

Aqui nos Estados Unidos, há um intenso debate sobre a vacina tríplice (sarampo, caxumba e rubéola), se ela causa ou não o autismo. Algumas mães, inclusive a atriz Jenny McCarthy e ator Jim Carrey, acreditam que sim; outras, endossadas por pediatras e outros profissionais da saúde, defendem que não. Eu, que tenho bebê na fase de tomar vacinas, discuti o assunto com a pediatra que me garantiu que não há relação alguma entre a vacina e o autismo. Inclusive, que essa discussão está levando muitos pais a não vacinarem seus filhos, aumentando o número de casos de meningite e sarampo em países onde essas doenças estava praticamente extintas! Se tiver dúvidas, converse com sua pediatra!