Pensando um Segundo...

... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.

Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "

Abraços

Vilma Candido



terça-feira, junho 29

Congresso em Autismo- Recife/PE

A dieta sgsc para autistas: depoimentos de mães

Nao sei falar por todos os autistas... nem sou capaz de afirmar que a dieta ajuda a todos, de uma forma tão generica.
Eu sei que ajudou o meu filho, e muito. Estou falando de dieta SGSC radical, com reducao de soja e acucar...
Ajudou tanto que nao tenho nem coragem de quebrar a dieta pra ver a reacao...nao sei se alguem tambem se encontra nessa situacao...
Meu filho nao emagreceu... continua gordinho e fofinho... nem ficou com a alimentacao perfeita...
sempre gostou de frutas, mas tirando as frutas, só gosta de frituras, bolo, pao de queijo, batata frita e outras porcarias...
apos a dieta isso nao mudou...só que as frituras e porcarias agora sao SGSC...ele nao emagreceu... e melhorou muito do autismo.
nao consome enlatados nunca...
Tentei dar só organicos, mas meu bolso nao aguentou...
Enfim, ele nao tem uma alimentacao perfeita e natural...é apenas as mesmas comidas que outras criancas, só que adaptadas pra serem SGSC...
e ja funcionou pra ele.
Louvo as maes que conseguem uma alimentacao perfeita, mas praquelas que nao conseguem como eu, se serve de consolo, pro meu filho nem foi necessario. Claro que ele toma suplementos de vitaminas e minerais.
Abracos!
Tatiana Anami
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No começo não acreditava que isso faria efeito pois li muito a respeito e a classe médica não acredita que essa dieta funcione pois não conseguem provar principalmente no autismo devido ao espectro autistico ser bem amplo.Mais como pais a gente tem que tentar de tudo desde que não afete a integridade fisica mental e social das nossas crianças então comecei a experimentar no meu filhote ele era muito agressivo gritava muito era terrivel na hora de dormir sem brincadeira meu timpano doia eu fica com medo dele romper as cordas vocais de tanto gritar olha ele MELHOROU.
Um abraço!
Joyce de Almeida Campos
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segunda-feira, junho 28

A briga com os números

Meu filho é mesmo um garoto especial.
Percebemos isso logo nos primeiros meses de vida. Ele era quietinho, chorava e ria pouco, porém crescia rapidamente e isso nos chamou a atenção. Muito cedo, tivemos que comprar roupas novas, não mais de bebê. Uma dessas roupas foi uma camiseta vermelha com o desenho do Seninha. A etiqueta indicava 2 anos, mas foi exatamente esta que deu no meu “pequeno” de mais ou menos 8 meses, na época. Percebemos que ele agia diferente ao vê-la e passou a sorrir ao usá-la.
O tempo passou...
E a camiseta?... Encolheu?...
Não. Meu filho é que continuou crescendo, assim como cresceu o amor pela bela camiseta vermelha. Por ele a usaria todos os dias. Se encontrá-la no varal... pronto! O choro é grande para tirar a que está vestindo e usá-la. E se tiver usando-a e for tomar banho? Outra seção de choro.
Uma coisa é certa: pode ficar sem o short, sem a cueca... não tem problema. Passaria o dia sem essas duas peças, porém se tirar o “Seninha”, Deus nos acuda!
Acho que ela é lavada umas três vezes por semana.
Imaginem como estar...
Ele já puxou, esticou para ver se ela chega até o umbigo e... coitadinho do Seninha.
Compramos outra camiseta vermelha, pois achávamos que era a cor quem o fascinava. Que nada! Ele não quer nem saber de se separar dela.
Agora temos em casa um filho com 6 anos, com estatura de 7 e sua camiseta inseparável de 2 anos.

domingo, junho 27

Menino autista quebra silêncio e se comunica por computador

Usando técnica conhecida como comunicação facilitada, britânico de 13 anos, passou a se expressar e até a escrever poemas.
O britânico Jamie Ponsonby não consegue falar e durante anos permaneceu preso em seu próprio mundo.

Sua família, porém, o ensinou a usar um teclado de computador e hoje em dia o garoto de 13 anos, que sofre de autismo, consegue não apenas se expressar como também escrever poemas.

Sua mãe, Serena, disse que isso permitiu que Jamie se comunicasse com a família e que, assim, ela pudesse entendê-lo melhor.

"Nós não tínhamos ideia de que havia uma pessoa lá dentro que sabia tudo", afirmou ela.

Emoções e senso de humor
"Por meio da digitação nós descobrimos que ele sabe todo tipo de coisa. Ele está totalmente ciente de tudo, seu senso de humor está totalmente ali. Ele tem uma poesia linda, seus sentimentos e emoções são todos perfeitamente normais e acima da média para sua idade."

O diretor de pesquisas da entidade beneficente Research Autism, Richard Mills, disse que casos como o de Jamie são relativamente raros.

Ele disse que a técnica usada pelos pais de Jamie para ajudá-lo a se comunicar - conhecida como comunicação facilitada - apesar de polêmica, tem mostrado bons resultados.

Ela foi introduzida pela primeira vez na Austrália nos anos 70 e consiste em alguém apoiar a mão, o pulso ou o braço de um a pessoa com deficiência comunicativa enquanto esta usa um teclado ou outro aparelho para formar palavras e frases.

"Nós sabemos que pessoas com autismo muitas vezes precisam de muito tempo de processamento. Eles precisam que as coisas sejam visuais, então palavras digitadas em um teclado tendem a funcionar melhor (do que outras formas de comunicação como o uso da fala, por exemplo)".

Paciência
Serena disse que apesar de Jamie digitar com lentidão - ele levou duas semanas para digitar seu poema sobre autismo - ele está, aos poucos, ficando mais rápido e independente.

Ela percebeu que havia um problema com seu filho quando ele tinha 18 meses de idade.

"Ele foi diagnosticado com dois anos e meio, mas desde os 18 meses eu sabia que algo não estava certo. Ele costumava adorar música mas começava a gritar quando eu o levava para aulas de música", disse ela.

Durante alguns anos após seu diagnóstico, Jamie perdeu mais e mais habilidades , incluindo a fala. Ele tinha uma habilidade limitada para se comunicar por meio de sinais, portanto a comunicação se tornou difícil.

"Nós começamos a estimulá-lo a digitar aos nove anos de idade, após eu ler um livro sobre alguém que achava mais fácil digitar, apesar de ela saber falar", contou Serena.

"Pensei que talvez pudesse ser um caminho diferente. Começamos a estimulá-lo a digitar as palavras que ele sabia usar com sinais e fizemos progressos bem, bem lentos. Nós muitas vezes pensamos em desistir."

"Depois de alguns anos ele começou a ler placas e vimos que ele conseguia ler. Começamos a fazer perguntas e ele digitava todo tipo de coisa que nem sabíamos que ele conhecia", disse a mãe.

"Como uma família, isso nos permitiu a saber que existe alguém ali que sabe tudo que está acontecendo. Ele adora viajar e se você sabe que ele está ganhando algo com isso, sua paciência aumenta."

"Você não fala com ele como com alguém que não entende - sua autoestima e confiança estão infinitamente melhores."

Apesar do sucesso descrito pela família, a técnica da comunicação facilitada é criticada por cientistas que questionam o grau de interferência dos responsáveis no momento de comunicação pelo teclado.

Aluno com síndrome de Asperger é desafio para educação inclusiva

Especialistas defendem opção por ensino regular.
Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo

Com dificuldade de interagir, fazer amigos e tendência a se isolar, o aluno com síndrome de Asperger é um dos desafios para a educação inclusiva. A doença é considerada um tipo leve de autismo que não afeta o desenvolvimento intelectual. É comum que os “aspies” – como são chamados – tenham inteligência acima da considerada “normal.”
Especialistas defendem que as crianças que apresentam este tipo de síndrome podem - e devem - frequentar escolas regulares. “As pessoas aprendem de jeitos diferentes e a pluralidade faz com que a escola fique cada vez mais interessante. Ambientes homogêneos são desinteressantes”, diz Liliane Garcez, coordenadora do curso de pós-graduação inclusiva do Instituto Vera Cruz.
Para Liliane, o papel da escola é aproveitar o potencial do aluno e canalizá-lo para os demais conteúdos da série que cursa. "É preciso aprofundar o conhecimento sobre estas síndromes para melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas envolvidas. Não cabe mais a segregação."
Em cartaz nos cinemas, a animação “Mary e Max – Uma Amizade Diferente” mostra os problemas dos “aspies”. Na ficção, Mary, de 8 anos, uma menina gordinha e solitária, que mora na Austrália, torna-se amiga de Max, um homem de 44 anos, que tem síndrome de Asperger e vive em Nova York. Ambos têm dificuldade de fazer amigos e passam a trocar correspondências onde compartilham alegrias e decepções.
Famílias
Na vida real, a professora e atual presidente da AMA (Associação de Amigos dos Autistas), em São Paulo, Sonia Maria Costa Alabarce Nardi, de 48 anos, conhece as dificuldades da síndrome. Seu filho, Guilherme Alabarce Nardi, de 15 anos, tem Asperger e passou por três escolas antes de completar 7 anos. “As escolas não estavam preparadas para recebê-lo porque ele chorava muito e não aceitava regras.”
Sonia buscou apoio na AMA, que fornecia suporte pedagógico a Guilherme e o matriculou em uma escola pequena, onde os funcionários podiam lhe dar mais atenção. “Ele não tinha facilidade de conviver com outras crianças e tivemos de nos adaptar.” Hoje, no segundo ano do ensino médio, Guilherme tem notas exemplares. “Ele é muito inteligente, tem uma memória excelente, mas a convivência ainda é um pouco difícil. São poucos os amigos.” As escolas não estavam preparadas para recebê-lo porque ele chorava muito e não aceitava regras." Sonia Maria Costa Alabarce Nardi, mãe de um adolescente com Asperger

A auxiliar financeira Maria Aparecida de Santana Oliveira, de 53 anos, também tem um filho com a síndrome. Jefferson Santana de Oliveira, hoje com 23 anos, sempre estudou em colégios comuns. “Ele conseguiu acompanhar, ficava um pouco isolado, mas, aos poucos, começou a interagir. Às vezes os colegas o excluíam, mas ele gostava de ir à escola. Tinha dificuldade em matemática, mas muita facilidade para línguas.” Concluído o ensino médio, Jefferson tem uma nova batalha: encarar a frustração de não ter passado no vestibular da Universidade de São Paulo (USP) e retomar os estudos. A mãe diz que antes o jovem quer encontrar um emprego.
Diagnóstico
O primeiro obstáculo dessas famílias é acertar o diagnóstico. Muitas vezes percorrem verdadeiras maratonas em psicólogos, psiquiatras e neurologistas que chegam a confundir a síndrome com hiperatividade ou déficit de atenção. “São sintomas sutis e muitas vezes os pais não identificam porque acham que é o jeito da criança”, afirma Cinara Zanin Perillo, psiquiatra especialista em infância e adolescência.
Outra característica da síndrome é a fixação por interesses específicos, geralmente ligados ao campo das ciências, como biologia, corpo humano, astronomia ou dinossauros.
Os “aspies” têm dificuldade de centrar o olhar em um determinado ponto e entender metáforas. Todas as expressões, para eles, têm sentido literal.
A síndrome de Asperger é causada por alterações genéticas associadas a fatores hereditários. É mais comum em meninos e os indícios podem ser percebidos a partir dos 3 anos. Segundo Cinara, é comum que os portadores desenvolvam outros transtornos psiquiátricos. Não há cura.

quinta-feira, junho 17

Workshop Autismo: Floortime - Recife

quarta-feira, junho 16

São João na escola

Meu rapazinho, mais uma vez, participou de todas as comemorações na escola. Ele teve, esse ano, a felicidade de encontrar-se com professoras que o respeitaram e contribuiram muito para seu desenvolvimento. Teve, também, amiguinhos que, de fato, coloboraram nesse processo, principalmente as meninas que, com aquele geitinho tipicamente feminino troxeram ele para o contexto do momento.
Obrigada a todos que fizeram a DIFERENÇA com amor e respeito.

Encontro sobre autismo

terça-feira, junho 15

Seminário de Inclusão

                Neste mês de junho fui convidada para falar sobre autismo para professores e gestores da Rede Municipal de Campina Grande-PB e regiões vizinhas. Fiquei muito feliz, pois é preciso que a população conheça e o que é AUTISMO e saiba que é possível a inclusão dessas crianças. Conversamos durante quase duas horas e foi muito proveitoso. Não sei se atendi as exigências da Secretaria do municipio, porém sai muito satisfeita pois o que mais me interessava era mostrar a todos a necessidade de se fazer uma inclusão de fato e de direito respeitando as limitações de nossas crianças, mas não os vendo como coitadinhos.
Que todos cheguem as suas escolas e repensem suas práticas pedagógicas para que, como diz Fábio Diron, tenhamos uma inclusão Ampla e Irrestrita.
Abração a todos
Vilma Araújo

segunda-feira, junho 14

Seminário de formação do programa Educação Inclusiva ressalta importância dos projetos político pedagógico

Uma avaliação da Implantação do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade entre os anos de 2004 e 2006 pelas Secretarias de Educação da Prefeitura de Campina Grande e de Puxinanã marcou a abertura do VI Seminário de Formação de Gestores e Educadores do Programa, nesta segunda-feira (07), no Auditório da Paróquia da Igreja do Rosário, no bairro da Prata. A avaliação foi apresentada pela professora Niedja Ferreira, da UFCG, que elaborou uma tese de doutorado sobre o assunto. O Seminário prosseguirá até a próxima sexta-feira, dia 11/06.

A professora da UFCG apresentou em detalhes os resultados da sua tese de doutoramento e explicou que decidiu elaborar um estudo científico sobre a implantação do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade como um aprofundamento de sua prática acadêmica, pois na sua dissertação de mestrado teve como objeto de estudo os portadores necessidades especiais, em especial os surdos.

A tese da professora Niedja Ferreira foi baseada em documentos oficiais das duas secretarias de educação e em entrevista com educadores e segundo a docente a implantação e disseminação do Programa “representa avanços na área, mas também representa a perpetuação de concepções padronizadas evidentes na educação”.

Antes da professora apresentar os resultados de sua tese aconteceu a abertura oficial do Seminário, com a participação da Orquestra Filarmônica Epitácio Pessoa, executando os hinos nacional e de Campina Grande. Em seguida a articuladora do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, Iara Morais, lembrou que de acordo com a política nacional de educação inclusiva “não é favor a educação infantil, a fundamental, médio e superior abrirem espaços para a educação inclusiva”.

Entre os temas que serão debatidos no Seminário estão: Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, o decreto 6.571 /2008 e as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica; Políticas Públicas – gestão da educação especial na perspectiva da educação inclusiva; As acessibilidades e a inclusão das pessoas com deficiência; Acompanhamento e monitoramento do acesso e permanência na escola das pessoas com deficiência; A Formação Continuada de Educadores da Educação Especial; O Autismo e Suas Implicações no Processo de Ensino e Aprendizagem, entre outros.