Pensando um Segundo...

... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.

Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "

Abraços

Vilma Candido



terça-feira, maio 17

Aulas de ginástica olímpica ajudam no tratamento do autismo

Foto: Macarena Lobos/Metro Rio   Rodrigo Brívio e Gustavo, 9 anos: pais notam melhora na concentração e na interação social dos filhos
Do Metro
cidades@eband.com.br
O autismo é uma síndrome silenciosa. Ainda se sabe muito pouco sobre o que acontece no misterioso mundo de quem vive dentro do chamado espectro autista.


Há três semanas, a comunidade de pais, médicos e terapeutas de autistas sofreu um baque com a denúncia de que uma das profissionais até então mais respeitadas do meio, Beatriz Cunha, de 32 anos, 12 de profissão, que se dizia especializada no assunto, sequer era formada em Psicologia.


Ela está sendo processada por falsidade ideológica e tortura, já que obrigava as crianças a comer e a fazer o tratamento muitas vezes com truculência e agressões verbais. O escândalo gerou pânico entre familiares e amigos de autistas em listas de discussão pela internet, sobre em quem confiar e em quais tratamentos apostar.

Um dos nomes que sempre aparece com mensagens positivas é o do professor de educação física Rodrigo Brívio, 31 anos, que começou ano passado um trabalho de ginástica olímpica com crianças autistas na Academia Body Tech, na Barra da Tijuca, e vem conseguindo resultados surpreendentes no atraso da linguagem e na falta de interação social, principais características da síndrome.


Com disciplina, rotina, amor e muita paciência, Brívio virou referência no Brasil inteiro. Ele já acumula convites para dar cursos e seminários pelo país afora e tem nada menos do que 100 crianças na fila de espera por uma das 25 vagas da sua concorrida aula.

Qual o segredo da aula?
Eu acredito que tudo é possível, dentro das limitações de cada um. Tento entrar no mundo dessas crianças, e não tentar fazer com que elas venham para o nosso mundo por obrigação.


Qual é o maior desafio de lidar com crianças autistas?
Estabelecer uma comunicação com uma criança que não fala. Mas com o tempo, paciência e interesse, dá para saber o que elas querem. Recentemente, um dos meninos me puxou até a porta do banheiro. Se comunicou da forma que podia. E mostrou que já confiava em mim.


Como elas reagem às atividades propostas na ginástica olímpica?
Elas geralmente têm medo do salto no início, mas logo percebem a sensação de prazer. A atividade física alivia um pouco do estresse e dos sintomas de hiperatividade que muitos deles têm.


Nas aulas, alguma criança já te emocionou?
Muitas. Uma delas falou a primeira palavra durante uma brincadeira que fazemos com os cones.


Por que o método é eficiente?
Porque como eles não falam ou têm dificuldade na linguagem e na área da comunicação, usam muito o corpo para se expressar, fazem gestos. Na ginástica, eles aprendem a se concentrar , que é um dos pontos deficientes de quem tem a síndrome. Sentem que estão falando a língua deles.


Como é a aula na prática?
Por meio dos exercícios fazemos a combinação da parte motora com a cognitiva e a sensorial. Não existe diferença entre crianças autistas ou não. As aulas são iguais. Desenvolvo trabalho com reconhecimento de cores e letras, que poderia ser feito com as outras crianças.

2 comentários:

Josiane Strafling Massi disse...

vilma, achei lindo o que vc escreveu (Pensando um segundo). Tomei a liberdade de postá-lo em meu Face. coloquei seu endereço a fim de possíveis consultas. Muito Obrigada. Josiane Strafling Massi, mãe de um adorável "artista" chamado Jean Carlo (Mon Petit Prince).

Vilma Candido disse...

Sem problemas. OBRIGADA PELA VISITA e MUITA SAÚDE E PAZ PARA TODA SUA FAMÍLIA

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