Pensando um Segundo...

... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.

Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "

Abraços

Vilma Candido



sábado, janeiro 21

Muotri reverte autismo clássico e discute parceria com Microsoft

Trabalho foi anunciado no ano passado pela Revista Autismo. Atualmente o neurocientista discute uma parceria com a Microsoft.


neuronio
A revista eletrônica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) "Com Ciência", especializada em jornalismo científico, noticiou ontem (19.jan.2012) a reversão de autismo clássico em neurônios (leia "Experimento consegue reverter autismo clássico em células" pela equipe do neurocientista Alysson Muotri — trabalho que já adiantamos na entrevista exclusiva à Revista Autismo, realizada no final de 2010, publicada na edição de abril de 2011. Porém os dados ainda não foram publicados.

Nesta tarde, em contato com a redação da Revista Autismo, Alysson confirmou os resultados dos experimentos com autismo clássico, que desta vez envolveu pacientes do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. "Foi encontrado, inclusive um novo gene, o TRPC6, que nunca havia sido associado ao autismo”, disse Alysson, que trabalha na Universidade da Califoria, em San Diego (EUA). O neurocientista brasileiro ainda complementou: "Esse gene interage com o MECP2, o gene da Síndrome de Rett, revelando que tanto o autismo clássico como Rett dividem as mesmas vias moleculares".
Alysson Muotri faz questão de destacar que os dados do experimento ainda não foram publicados e estão sob avaliação: "deve ser publicado esse ano (2012), se os referees não pedirem mais experimentos", explicou.

Microsoft e autismo

O brasileiro ainda contou sobre a aproximação, há alguns meses, da Nasa e da Microsoft interessadas em contribuir com suas pesquisas sobre autismo. Com a Microsoft a parceria tem caminhado com interesse de ambas as partes. Nesse "namoro", estão discutindo atualmente como a empresa de tecnologia pode ajudar — um exemplo seria acelerar a análise visual dos neurônios.
Alysson Muotri no PopTech

"Fiz um curso de uma semana intensiva na National Geographic (NatGeo) e fui exposto ao pessoal da Casa Branca, políticos e pessoal da mídia (NPR, NY times, SciAmerican, RadioLab, etc). Conheci pessoas altamente influentes e que estão extremamente interessadas em fazer com que minha pesquisa avance de forma dramática", explicou Alysson que teve essa opotunidade por ter sido eleito em agosto para um seleto grupo de pesquisadores da iniciativa PopTech,em Maine, nos Estados Unidos. Apesar de não muito divulgada no Brasil, a PopTech tem uma presença marcante nos EUA ao promover encontros anuais com uma série de inovadores e líderes mundiais, incluindo políticos, artistas, cientistas e pessoas comuns que podem, com suas ações e boas intenções, plantar sementes de novas ideias e causar um impacto transformador no mundo — assista aos vídeo do evento (em inglês). Esses transformadores são pessoas que se dedicam integralmente à busca de uma sociedade mais justa e equilibrada. A instituição tem forte apoio de gigantes como Microsoft, National Geographic, Nike e Google. Um dos objetivos é transformar a forma como a ciência é feita, através de colaboracoes inusitadas. "Alem disso, eles despertam o interesse de areas que necessitam urgentemente de apoio, como o autismo", contou. Ate o ano passado o PopTech focava bem na parte social e agora estão entrando de cabeça na área biológica. "Acho que minha pesquisa foi atraente para eles pois une o impacto social (ajudar os pacientes) com o impacto biologico (entender o cerebro)", opinou o brasileiro. (leio a coluna de Alysson Muotri no G1, sobre o PopTech)

O curso na NatGeo foi um treinamento sobre como transmitir os resultados das pesquisas científicas para o público (linguagem, imagens, etc.) e como buscar colaborações mais efetivas, que acelerem o que já se tem. "Essa experiëncia me colocou em contato com grandes associações como Nasa e microsoft, que podem fornecer tecnologias para serem aplicadas na busca de novos medicamentos para o autismo", esclareceu Alysson, que citou o site http://poptech.org/accelerator, onde pode-se ver alguns exemplos desse tipo de "aceleradores" de inovação que eles ajudaram a fertilizar .

O CEO de pesquisa da Microsoft foi um dos convidados e também encontrou Alysson Muotri na NatGeo. Desse encontro surgiu a ideia de contribuir com a pesquisa em autismo. "Poderá haver uma colaboração entre meu grupo e Microsoft, por exemplo, na busca de novas metodologias para acelerar a descoberta de uma droga eficaz", explicou o neurocientista.
 

Retirado da Revista Autismo
Escrito por Redação da Revista Autismo   
Sex, 20 de Janeiro de 2012 07:15

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