Pensando um Segundo...

... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.

Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "

Abraços

Vilma Candido



domingo, janeiro 22

Médicos americanos revisam diagnóstico de autismo

Mudanças importantes propostas por pesquisadores médicos para a
definição de autismo vão reduzir drasticamente o número de pessoas
diagnosticadas com o distúrbio e ainda tornar mais difícil
classificar pacientes que não satisfazem os critérios para obter os
serviços educacionais e sociais previstos como auxiliares no
tratamento. A definição médica de autismo está sob revisão por um
painel de especialistas nomeados pela Associação Americana de
Psiquiatria, que vai concluir os trabalhos para a quinta edição do
Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais. O DSM, como o manual é
conhecido na sigla em inglês, é referência-padrã o para a
definição de transtornos mentais, a condução do tratamento, a
pesquisa e as decisões sobre seguros de saúde. 

Os resultados do estudo ainda são preliminares, mas oferecem a
estimativa mais recente de como apertar os critérios para o
diagnóstico do autismo, afetando drasticamente a taxa de pacientes
com esta classificação. Índices de autismo e desordens mentais
relacionadas, como a síndrome de Asperger, têm decolado para as
alturas, desde o início de 1980, ao ponto de uma em cada cem
crianças receber o diagnóstico. Muitos pesquisadores suspeitam que
esses números são inflados por causa da indefinição nos critérios
atuais. 

_ As alterações propostas põem um fim à epidemia de autismo _
avalia o médico Fred R. Volkmar, diretor do Centro de Estudos da
Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale e um dos
autores da revisão. _Gostaríamos de cortar o mal pela raiz. 

Especialistas trabalharam na nova definição questionando fortemente
as estimativas do número de pacientes dos distúrbios relacionados ao
autismo. 

_Eu não sei como as instituições estão recebendo esses números
tão elevados _ afirmou a médica Catherine Lord, membro da
força-tarefa trabalhando no diagnóstico. 

Projeções anteriores concluíram que muito menos pessoas seriam
excluídos com a mudança de diagnóstico proposta, segundo o Dr.
Lord, diretor do Instituto de Desenvolvimento do Cérebro, um projecto
conjunto do NewYork-Presbyteria n Hospital, do Weill Cornell Medical
College, do Columbia University Medical Center e do New York Center
for Autism. 

Pelo menos um milhão de crianças e adultos já têm um diagnóstico
de autismo ou de um distúrbio relacionado a ele, como a síndrome de
Asperger (ou "transtorno invasivo do desenvolvimento, não
especificado de outra forma"). As pessoas com Asperger têm algumas
dos mesmos distúrbios sociais das pessoas com autismo, mas não
satisfazem totalmente a definição médica para autismo. A
alteração proposta agora iria consolidar todos os diagnósticos sob
uma categoria, a de transtorno do espectro do autismo, eliminando a
síndrome de Asperger do manual psiquiátrico. De acordo com os
critérios atuais, uma pessoa pode se qualificar para o diagnóstico
através da exibição de seis ou mais de um total de 12
comportamentos. Nos termos da definição proposta, a pessoa teria que
exibir três déficits de interação social e deomunicação e pelo
menos dois comportamentos repetitivos _ um cardápio bem mais
estreito. 

O Dr. Kupfer avalia que as mudanças propostas pela Sociedade de
Psiquiatria são uma tentativa de esclarecer essas alterações e
colocá-las sob um único nome. Centenas de milhares de pessoas
recebem apoio do Estado pelos serviços especiais para ajudar a
compensar os efeitos dos transtornos incapacitantes, que incluem
problemas de aprendizagem e de interação social, e o diagnóstico
é, em muitos aspectos, fundamental para suas vidas. Redes de pais
estão unidas por experiências comuns com as crianças, e os filhos,
também, podem crescer para encontrar um sentido de sua própria
identidade em sua luta com o transtorno. 

Mary Meyer, de Ramsey, New Jersey, disse que o diagnóstico de
síndrome de Asperger foi crucial na obtenção de ajuda para sua
filha. O acesso aos serviços ajudaram-na tremendamente. 

_ Estou muito preocupado com a mudança no diagnóstico, porque eu me
pergunto se minha filha sequer qualificaria para receber ajuda agora _
disse ela. _ Ela é sobre a deficiência, que é parcialmente baseado
no de Asperger, e eu estou esperando para levá-la para habitação de
apoio, que também depende de seu diagnóstico. 

Mark Roithmayr, presidente da Autism Speaks, uma organização de
defesa de pacientes, acha que o novo diagnóstico proposto deve trazer
a clareza necessária, mas que o efeito sobre os serviços ainda não
está claro. 

_ Precisamos acompanhar atentamente o impacto dessas mudanças de
diagnóstico sobre o acesso aos serviços de saúde e garantir que a
ninguém está sendo negado serviços de que necessita _ disse o Sr.
Roithmayr. _ Alguns tratamentos e serviços são movidos unicamente
por diagnóstico de uma pessoa, enquanto que outros serviços podem
depender de outros critérios como idade, QI ou história médica. 

Na nova análise, o Dr. Volkmar trabalhou juntamente com Brian
Reichow e McPartland James, ambos na Universidade de Yale. Eles usaram
dados de um estudo de 1993 de grande porte que serviu de base para os
critérios atuais. Eles se concentraram em 372 crianças e adultos que
estavam entre o mais alto funcionamento e descobriram que, acima de
tudo, apenas 45% deles se qualificariam para o diagnóstico do
espectro do autismo proposto, agora em análise. O foco em um grupo de
alto funcionamento pode ter exagerado um pouco essa porcentagem, isto
os autores reconhecem. 

A probabilidade de ser deixado de fora sob a nova definição depende
do diagnóstico original. Cerca de um quarto das identificadas com
autismo clássico em 1993 não seria identificada com base nos novos
critérios propostos. Cerca de três quartos das pessoas com Asperger
não se qualificariam; e 85% das pessoas com outros distúrbios
associados estaria fora da nova classificação. 

As conclusões preliminares da revisão foram apresentadas pelo Dr.
Volkmar esta semana. Agora, os pesquisadores vão publicar uma
análise mais ampla, com base em amostra maior e mais representativa
de mil casos. O dr. Volkmar disse que, embora o novo diagnóstico
proposto seja para distúrbios de espectro mais amplo, ele incide
fortemente sobre "pacientes classicamente definidos como autistas",
crianças na extremidade mais grave da escala. Segundo o médico, o
maior impacto da revisão recai sobre aqueles que são cognitivamente
mais capazes. 
URL: 
http://glo.bo/ zkHBRW 

Notícia publicada em 20/01/12 - 0h00 Atualizada em 19/01/12 - 20h17
Impressa em 21/01/12 - 16h00 
http://oglobo. globo.com/ saude/medicos- americanos- revisam-diagnost ico-de-autismo- 3718273

sábado, janeiro 21

Muotri reverte autismo clássico e discute parceria com Microsoft

Trabalho foi anunciado no ano passado pela Revista Autismo. Atualmente o neurocientista discute uma parceria com a Microsoft.


neuronio
A revista eletrônica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) "Com Ciência", especializada em jornalismo científico, noticiou ontem (19.jan.2012) a reversão de autismo clássico em neurônios (leia "Experimento consegue reverter autismo clássico em células" pela equipe do neurocientista Alysson Muotri — trabalho que já adiantamos na entrevista exclusiva à Revista Autismo, realizada no final de 2010, publicada na edição de abril de 2011. Porém os dados ainda não foram publicados.

Nesta tarde, em contato com a redação da Revista Autismo, Alysson confirmou os resultados dos experimentos com autismo clássico, que desta vez envolveu pacientes do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. "Foi encontrado, inclusive um novo gene, o TRPC6, que nunca havia sido associado ao autismo”, disse Alysson, que trabalha na Universidade da Califoria, em San Diego (EUA). O neurocientista brasileiro ainda complementou: "Esse gene interage com o MECP2, o gene da Síndrome de Rett, revelando que tanto o autismo clássico como Rett dividem as mesmas vias moleculares".
Alysson Muotri faz questão de destacar que os dados do experimento ainda não foram publicados e estão sob avaliação: "deve ser publicado esse ano (2012), se os referees não pedirem mais experimentos", explicou.

Microsoft e autismo

O brasileiro ainda contou sobre a aproximação, há alguns meses, da Nasa e da Microsoft interessadas em contribuir com suas pesquisas sobre autismo. Com a Microsoft a parceria tem caminhado com interesse de ambas as partes. Nesse "namoro", estão discutindo atualmente como a empresa de tecnologia pode ajudar — um exemplo seria acelerar a análise visual dos neurônios.
Alysson Muotri no PopTech

"Fiz um curso de uma semana intensiva na National Geographic (NatGeo) e fui exposto ao pessoal da Casa Branca, políticos e pessoal da mídia (NPR, NY times, SciAmerican, RadioLab, etc). Conheci pessoas altamente influentes e que estão extremamente interessadas em fazer com que minha pesquisa avance de forma dramática", explicou Alysson que teve essa opotunidade por ter sido eleito em agosto para um seleto grupo de pesquisadores da iniciativa PopTech,em Maine, nos Estados Unidos. Apesar de não muito divulgada no Brasil, a PopTech tem uma presença marcante nos EUA ao promover encontros anuais com uma série de inovadores e líderes mundiais, incluindo políticos, artistas, cientistas e pessoas comuns que podem, com suas ações e boas intenções, plantar sementes de novas ideias e causar um impacto transformador no mundo — assista aos vídeo do evento (em inglês). Esses transformadores são pessoas que se dedicam integralmente à busca de uma sociedade mais justa e equilibrada. A instituição tem forte apoio de gigantes como Microsoft, National Geographic, Nike e Google. Um dos objetivos é transformar a forma como a ciência é feita, através de colaboracoes inusitadas. "Alem disso, eles despertam o interesse de areas que necessitam urgentemente de apoio, como o autismo", contou. Ate o ano passado o PopTech focava bem na parte social e agora estão entrando de cabeça na área biológica. "Acho que minha pesquisa foi atraente para eles pois une o impacto social (ajudar os pacientes) com o impacto biologico (entender o cerebro)", opinou o brasileiro. (leio a coluna de Alysson Muotri no G1, sobre o PopTech)

O curso na NatGeo foi um treinamento sobre como transmitir os resultados das pesquisas científicas para o público (linguagem, imagens, etc.) e como buscar colaborações mais efetivas, que acelerem o que já se tem. "Essa experiëncia me colocou em contato com grandes associações como Nasa e microsoft, que podem fornecer tecnologias para serem aplicadas na busca de novos medicamentos para o autismo", esclareceu Alysson, que citou o site http://poptech.org/accelerator, onde pode-se ver alguns exemplos desse tipo de "aceleradores" de inovação que eles ajudaram a fertilizar .

O CEO de pesquisa da Microsoft foi um dos convidados e também encontrou Alysson Muotri na NatGeo. Desse encontro surgiu a ideia de contribuir com a pesquisa em autismo. "Poderá haver uma colaboração entre meu grupo e Microsoft, por exemplo, na busca de novas metodologias para acelerar a descoberta de uma droga eficaz", explicou o neurocientista.
 

Retirado da Revista Autismo
Escrito por Redação da Revista Autismo   
Sex, 20 de Janeiro de 2012 07:15

quarta-feira, janeiro 11

UnP e CEI inscrevem interessados em Simpósio sobre Autismo


A Escola de Educação da Universidade Potiguar realizará entre os dias 26 e 28 de janeiro de 2012, na Unidade Roberto Freire, o “1º Simpósio de Inclusão: Dialogando Sobre Autismo”. O evento está sendo organizado em parceria com o colégio CEI e trará para Natal alguns dos mais renomados especialistas da área para palestras e debates.
A programação é voltada para Psicólogos, Fonoaudiólogos, Professores, Pediatras, Psicopedagogos, Pedagogos, Neuropsicólogos, Terapeutas Ocupacionais, Arteterapeutas, Fisioterapeutas, Neurologistas, Pais, Cuidadores e Estudantes que tenham interesse pelas questões do autismo no Brasil e no Mundo.
A participação terá valor de R$ 50,00 para Professores do CEI e alunos da UnP e de R$ 150,00 para o público externo. Inscrições podem ser realizadas através do endereço simposioautismo@ceinet.com.br. Os interessados podem encontrar mais informações através do site do CEI (www.ceinet.com.br) ou pelo telefone (84) 4006.0550.

1º Simpósio de Inclusão: Dialogando Sobre Autismo
Discutindo Novas Estratégias
Dia 26/01 - 08h às 12h e das 14h às 18h
ESTRATÉGIAS PARA ESTIMULAÇÃO DE LINGUAGEM EM CRIANÇAS
Profª. Drª. Simone Aparecida Lopes Herrera
Fonoaudióloga, Especialista em linguagem, Doutora em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Professora Doutora do Departamento de Fonoaudiologia da USP, uma das autoras do livro “Estimulação da Linguagem: aspectos teóricos e práticos, capítulo 4: princípios da intervenção com base comportamental em crianças sem linguagem oral”.

Dia 27/01 - 08h às 12h e das 14h às 18h
CARS E PEP-R: INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO VALIDADOS NO BRASIL
Profª. Drª. Viviane Costa de Leon
Terapeuta Ocupacional, Psicopedagoga, formação na Metodologia TEACCH nos Estados Unidos e Bélgica, Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), uma das autoras do livro “Desordens do espectro Autístico” (Capítulo sobre MÉTODO TEACCH).

Dia 28/01 - 08h às 13h
ADEQUAÇÕES CURRICULARES E ESTRATÉGIAS PARA CONSTRUÇÃO DE ATIVIDADES ADAPTADAS PARA CRIANÇAS COM AUTISMO
Msc. Maria Elisa Granchi Fonseca
Psicóloga, Mestre em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos, formação em TEACCH pela Universidade da Carolina do Norte (USA), Coordenadora do CEDAP da APAE de Pirassununga-SP.