Especialistas defendem opção por ensino regular.
Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo
Com dificuldade de interagir, fazer amigos e tendência a se isolar, o aluno com síndrome de Asperger é um dos desafios para a educação inclusiva. A doença é considerada um tipo leve de autismo que não afeta o desenvolvimento intelectual. É comum que os “aspies” – como são chamados – tenham inteligência acima da considerada “normal.”
Especialistas defendem que as crianças que apresentam este tipo de síndrome podem - e devem - frequentar escolas regulares. “As pessoas aprendem de jeitos diferentes e a pluralidade faz com que a escola fique cada vez mais interessante. Ambientes homogêneos são desinteressantes”, diz Liliane Garcez, coordenadora do curso de pós-graduação inclusiva do Instituto Vera Cruz.
Para Liliane, o papel da escola é aproveitar o potencial do aluno e canalizá-lo para os demais conteúdos da série que cursa. "É preciso aprofundar o conhecimento sobre estas síndromes para melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas envolvidas. Não cabe mais a segregação."
Em cartaz nos cinemas, a animação “Mary e Max – Uma Amizade Diferente” mostra os problemas dos “aspies”. Na ficção, Mary, de 8 anos, uma menina gordinha e solitária, que mora na Austrália, torna-se amiga de Max, um homem de 44 anos, que tem síndrome de Asperger e vive em Nova York. Ambos têm dificuldade de fazer amigos e passam a trocar correspondências onde compartilham alegrias e decepções.
Famílias
Na vida real, a professora e atual presidente da AMA (Associação de Amigos dos Autistas), em São Paulo, Sonia Maria Costa Alabarce Nardi, de 48 anos, conhece as dificuldades da síndrome. Seu filho, Guilherme Alabarce Nardi, de 15 anos, tem Asperger e passou por três escolas antes de completar 7 anos. “As escolas não estavam preparadas para recebê-lo porque ele chorava muito e não aceitava regras.”
Sonia buscou apoio na AMA, que fornecia suporte pedagógico a Guilherme e o matriculou em uma escola pequena, onde os funcionários podiam lhe dar mais atenção. “Ele não tinha facilidade de conviver com outras crianças e tivemos de nos adaptar.” Hoje, no segundo ano do ensino médio, Guilherme tem notas exemplares. “Ele é muito inteligente, tem uma memória excelente, mas a convivência ainda é um pouco difícil. São poucos os amigos.” As escolas não estavam preparadas para recebê-lo porque ele chorava muito e não aceitava regras." Sonia Maria Costa Alabarce Nardi, mãe de um adolescente com Asperger
A auxiliar financeira Maria Aparecida de Santana Oliveira, de 53 anos, também tem um filho com a síndrome. Jefferson Santana de Oliveira, hoje com 23 anos, sempre estudou em colégios comuns. “Ele conseguiu acompanhar, ficava um pouco isolado, mas, aos poucos, começou a interagir. Às vezes os colegas o excluíam, mas ele gostava de ir à escola. Tinha dificuldade em matemática, mas muita facilidade para línguas.” Concluído o ensino médio, Jefferson tem uma nova batalha: encarar a frustração de não ter passado no vestibular da Universidade de São Paulo (USP) e retomar os estudos. A mãe diz que antes o jovem quer encontrar um emprego.
Diagnóstico
O primeiro obstáculo dessas famílias é acertar o diagnóstico. Muitas vezes percorrem verdadeiras maratonas em psicólogos, psiquiatras e neurologistas que chegam a confundir a síndrome com hiperatividade ou déficit de atenção. “São sintomas sutis e muitas vezes os pais não identificam porque acham que é o jeito da criança”, afirma Cinara Zanin Perillo, psiquiatra especialista em infância e adolescência.
Outra característica da síndrome é a fixação por interesses específicos, geralmente ligados ao campo das ciências, como biologia, corpo humano, astronomia ou dinossauros.
Os “aspies” têm dificuldade de centrar o olhar em um determinado ponto e entender metáforas. Todas as expressões, para eles, têm sentido literal.
A síndrome de Asperger é causada por alterações genéticas associadas a fatores hereditários. É mais comum em meninos e os indícios podem ser percebidos a partir dos 3 anos. Segundo Cinara, é comum que os portadores desenvolvam outros transtornos psiquiátricos. Não há cura.
Pensando um Segundo...
... é lógico que gostaria muito de reverter muitos traços de autismo no meu filho, pois almejo sua felicidade e independência, mas não tenho mais aquela angústia abafada no peito, desesperada por uma cura como se ele fosse um brinquedo com estragos e que eu queria a todo custo consertar. Hoje sou muito Feliz com o SEGUNDO de hoje. Curto cada momento de alegria dele , cada palavra nova, cada pequena descoberta . Acho ele tão doce... ( e marrento também, às vezes). Pelas palavras, na maioria das vezes, faltarem, ele substitui muito por gestos ou puxando minha mão para pegar o que ele quer, mas amo quando ele assiste um comercial ou ver escrito e diz: Mais Você ou “caderão do uqi”, “jorná nacioná”, armazém papaíba ou ainda quando pergunto o nome dele, da irmã, do pai e o meu(é claro) e ele responde rapidinho. E o melhor é perguntar como ele está e ele dizer: “estou apaxonado”. Se ele tem consciência do que fala? Não sei.... Só sei que o amo por tudo que faz e por aquelas que não consegue fazer. Tento não perde nada... nadinha da vida dele, pois, na vida, ele é meu professor.
Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "
Abraços
Vilma Candido
Enfim como diz Dalai Lama : '' a felicidade é saber curtir o caminho e não só almejar a chegada. "
Abraços
Vilma Candido
domingo, junho 27
quinta-feira, junho 17
quarta-feira, junho 16
São João na escola
Meu rapazinho, mais uma vez, participou de todas as comemorações na escola. Ele teve, esse ano, a felicidade de encontrar-se com professoras que o respeitaram e contribuiram muito para seu desenvolvimento. Teve, também, amiguinhos que, de fato, coloboraram nesse processo, principalmente as meninas que, com aquele geitinho tipicamente feminino troxeram ele para o contexto do momento.
Obrigada a todos que fizeram a DIFERENÇA com amor e respeito.
terça-feira, junho 15
Seminário de Inclusão
Neste mês de junho fui convidada para falar sobre autismo para professores e gestores da Rede Municipal de Campina Grande-PB e regiões vizinhas. Fiquei muito feliz, pois é preciso que a população conheça e o que é AUTISMO e saiba que é possível a inclusão dessas crianças. Conversamos durante quase duas horas e foi muito proveitoso. Não sei se atendi as exigências da Secretaria do municipio, porém sai muito satisfeita pois o que mais me interessava era mostrar a todos a necessidade de se fazer uma inclusão de fato e de direito respeitando as limitações de nossas crianças, mas não os vendo como coitadinhos.
Que todos cheguem as suas escolas e repensem suas práticas pedagógicas para que, como diz Fábio Diron, tenhamos uma inclusão Ampla e Irrestrita.
Abração a todos
Vilma Araújo
Que todos cheguem as suas escolas e repensem suas práticas pedagógicas para que, como diz Fábio Diron, tenhamos uma inclusão Ampla e Irrestrita.
Abração a todos
Vilma Araújo
segunda-feira, junho 14
Seminário de formação do programa Educação Inclusiva ressalta importância dos projetos político pedagógico
Uma avaliação da Implantação do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade entre os anos de 2004 e 2006 pelas Secretarias de Educação da Prefeitura de Campina Grande e de Puxinanã marcou a abertura do VI Seminário de Formação de Gestores e Educadores do Programa, nesta segunda-feira (07), no Auditório da Paróquia da Igreja do Rosário, no bairro da Prata. A avaliação foi apresentada pela professora Niedja Ferreira, da UFCG, que elaborou uma tese de doutorado sobre o assunto. O Seminário prosseguirá até a próxima sexta-feira, dia 11/06.
A professora da UFCG apresentou em detalhes os resultados da sua tese de doutoramento e explicou que decidiu elaborar um estudo científico sobre a implantação do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade como um aprofundamento de sua prática acadêmica, pois na sua dissertação de mestrado teve como objeto de estudo os portadores necessidades especiais, em especial os surdos.
A tese da professora Niedja Ferreira foi baseada em documentos oficiais das duas secretarias de educação e em entrevista com educadores e segundo a docente a implantação e disseminação do Programa “representa avanços na área, mas também representa a perpetuação de concepções padronizadas evidentes na educação”.
Antes da professora apresentar os resultados de sua tese aconteceu a abertura oficial do Seminário, com a participação da Orquestra Filarmônica Epitácio Pessoa, executando os hinos nacional e de Campina Grande. Em seguida a articuladora do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, Iara Morais, lembrou que de acordo com a política nacional de educação inclusiva “não é favor a educação infantil, a fundamental, médio e superior abrirem espaços para a educação inclusiva”.
Entre os temas que serão debatidos no Seminário estão: Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, o decreto 6.571 /2008 e as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica; Políticas Públicas – gestão da educação especial na perspectiva da educação inclusiva; As acessibilidades e a inclusão das pessoas com deficiência; Acompanhamento e monitoramento do acesso e permanência na escola das pessoas com deficiência; A Formação Continuada de Educadores da Educação Especial; O Autismo e Suas Implicações no Processo de Ensino e Aprendizagem, entre outros.
A professora da UFCG apresentou em detalhes os resultados da sua tese de doutoramento e explicou que decidiu elaborar um estudo científico sobre a implantação do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade como um aprofundamento de sua prática acadêmica, pois na sua dissertação de mestrado teve como objeto de estudo os portadores necessidades especiais, em especial os surdos.
A tese da professora Niedja Ferreira foi baseada em documentos oficiais das duas secretarias de educação e em entrevista com educadores e segundo a docente a implantação e disseminação do Programa “representa avanços na área, mas também representa a perpetuação de concepções padronizadas evidentes na educação”.
Antes da professora apresentar os resultados de sua tese aconteceu a abertura oficial do Seminário, com a participação da Orquestra Filarmônica Epitácio Pessoa, executando os hinos nacional e de Campina Grande. Em seguida a articuladora do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, Iara Morais, lembrou que de acordo com a política nacional de educação inclusiva “não é favor a educação infantil, a fundamental, médio e superior abrirem espaços para a educação inclusiva”.
Entre os temas que serão debatidos no Seminário estão: Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, o decreto 6.571 /2008 e as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica; Políticas Públicas – gestão da educação especial na perspectiva da educação inclusiva; As acessibilidades e a inclusão das pessoas com deficiência; Acompanhamento e monitoramento do acesso e permanência na escola das pessoas com deficiência; A Formação Continuada de Educadores da Educação Especial; O Autismo e Suas Implicações no Processo de Ensino e Aprendizagem, entre outros.
domingo, maio 9
Caderno da escola
Meu filho sempre resistiu ao lápis e ao caderno, mas aos pouco ele vem melhorando e já escreve tanto na agenda quanto no caderno de atividades. Isso é um progressão!!!!!!
Estou muito feliz. A parceria professoras/escola/família tem dado muito certo.
Obrigada DEUS por toda a evolução do meu príncipe!
A legislação educacional que trata da inclusão
É sempre bom conhecermos os nossos direitos e deveres. Em se tratando dos nossos filhos, é bom também estarmos atentos as Leis que tratam da inclusão. Por isso, segue abaixo:
1. Constituição de 1988 (consultar o artigo 208)
2. Lei 7.853, de 1989, dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social
3. Estatuto da Criança e do adolescente, de 1990
4. Íntegra da Declaração de Salamanca, de 10 de junho de 1994, sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educacionais especiais
5. Capítulo da LDB, de 1996, sobre a Educação Especial
6. Decreto nº. 3.298, de 1999, regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
7. A lei 10.172, de 2001, aprova o Plano Nacional de Educação que estabelece vinte e oito objetivos e metas para a educação das pessoas com necessidades educacionais especiais
8. Resolução número 2, de 11 de setembro de 2001 que institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica
9. Íntegra do Decreto no. 3.956, de outubro de 2001, que promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência (Convenção da Guatemala)
10. Resolução do Conselho Nacional de Educação nº1/2002, define que as universidades devem prever em sua organização curricular formação dos professores voltada para a atenção à diversidade e que contemple conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais
11. A lei nº 10.436/02 reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de
comunicação e expressão
12. Decreto No. 5.626/05 Dispõe sobre a inclusão da Libras como disciplina curricular, a formação e a certificação de professor, instrutor e tradutor/intérprete de Libras especializado.
13. Decreto número 6.571, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre o atendimento educacional
14. A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
1. Constituição de 1988 (consultar o artigo 208)
2. Lei 7.853, de 1989, dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social
3. Estatuto da Criança e do adolescente, de 1990
4. Íntegra da Declaração de Salamanca, de 10 de junho de 1994, sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educacionais especiais
5. Capítulo da LDB, de 1996, sobre a Educação Especial
6. Decreto nº. 3.298, de 1999, regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
7. A lei 10.172, de 2001, aprova o Plano Nacional de Educação que estabelece vinte e oito objetivos e metas para a educação das pessoas com necessidades educacionais especiais
8. Resolução número 2, de 11 de setembro de 2001 que institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica
9. Íntegra do Decreto no. 3.956, de outubro de 2001, que promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência (Convenção da Guatemala)
10. Resolução do Conselho Nacional de Educação nº1/2002, define que as universidades devem prever em sua organização curricular formação dos professores voltada para a atenção à diversidade e que contemple conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais
11. A lei nº 10.436/02 reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de
comunicação e expressão
12. Decreto No. 5.626/05 Dispõe sobre a inclusão da Libras como disciplina curricular, a formação e a certificação de professor, instrutor e tradutor/intérprete de Libras especializado.
13. Decreto número 6.571, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre o atendimento educacional
14. A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
sábado, maio 8
MEU PRESENTE DE DEUS
Hoje pela manhã fui a festinha do dia das mães na escola do meu filho. Como todos os anos preciso me esconder para que ele possa ficar com os coleguinhas e fazer a apresentação(Cantar e gesticular), avisei a professora que iria sair da sala e iria para janela ficar observando de lá e só depois voltaria. Foi o que fiz... Fiquei na janela olhando de lá e antes que começasse a apresentação me inquietei por está escondida e resolvi voltar para sala, pois acho que meu filho precisava me ver, precisava cantar para mim. Ele não estava ali para fazer bonito ou fazer para as outras mães, ele estava ali para cantar para mim. E foi o que fiz, voltei para sala e esperei que as apresentações começassem. Ele não cantou, mas acompanhou a turma gesticulando... foi lindo!!!!! e no final quando todos se curvavam para agradecer, ele ficou se curvando várias vezes e todo mundo batento palmas... (como sempre, eu ri e chorava ao mesmo tempo). Mas o melhor ainda estava por vir.....
Chegou o momento de entregar a lembrancinha. Ele pegou o presente, me entregou e demos um longo abraço com beijos. O presente era um cd. Tudo bem, fui para casa e logo que chequei, coloquei o cd no som e fui escultar. Começou toda a turminha cantando várias músicas para as mães e, para minha surpresa a última faixa começou assim.... " Mamãe, eu te amo.... reconheci a voz... e a música começou e a mesma vozinha continuou cantando sozinha... Comecei a chorar.... Era meu rapazinho cantando para mim, do jeitinho dele.... totalmente no ritmo e dizendo quase todas as palavras, e ao fundo, o restante da turminha fazendo a segunda voz.
A coisa mais linda do mundo.... No fim da música ele ainda fala: "Obrigado mamãe, obrigado" Imagine quantas vezes já ouvi essa faixa? sempre começo a ri e a chorar também de MUITA ALEGRIA. Foi realmente um grande presente que recebi.
Preciso agradecer também a dedicação e o respeito que as duas professoras (Suyan e Suzana) tem tido com ele. E aí neste momento, me encho de forças para lutar, pois são com essas demonstrações que DEUS nos avisa que lutar vale a pena.
A música que ele cantou foi: Eu amo você (calendário criança feliz - cd maio)
Minha mamãe, escute só essa mensagem de amor
Muitos fizeram você me ensinou seu espelhinho, aqui estou
Ou, ou, ooooooo
Sempre será no meu mundinho a estrela real
No céu azul todo seu lá não existe anjo mal
Que tal saber como é importante pra mim
O seu carinho me deixou assim
apaixonada por você
le iê eee
Que ver meu presente este abraço
E bem baixinho desabafo:
Eu amo você.
Feliz dia das Mães para todas nós e OBRIGADA PAPAI DO CÉU.
Vilma Candido- mãe do cantor José Lourenço que sexta-feira(14/05) completa 6 anos.
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